Na noite desta terça-feira (28), ao lado de Benjamin Netanyahu, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou ao mundo o que vem sendo chamado de o “Acordo de Paz do Século” para o Oriente Médio, em especial para israelenses e palestinos.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Arquitetado por Jason Greenblatt, enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, e por Jared Kushner, genro de Donald Trump, o projeto prevê a criação de um Estado Palestino em parte da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Um Estado Palestino para os palestinos, talvez sua última chance de ter um desses, como disse o presidente americano em seu discurso.
O “Acordo de Paz do Século”, é extremamente detalhado em suas 181 páginas e prevê ainda investimentos de até 50 bilhões de dólares em um futuro Estado Palestino. Portos, fábricas, infraestrutura, empregos, imagine o que se pode fazer com 50 milhões de dólares a mais.
Mas nada é tão simples quanto parece. Para isso, para que haja paz entre israelenses e palestinos, o Hamas deverá abdicar ao terrorismo e abolir suas armas. Para que seja criado um Estado Palestino, é necessário que estes reconheçam primeiro, o Estado de Israel e seu direito de existir. Para que o povo palestino tenha um futuro próspero, sua liderança deverá escolher entre financiar terroristas e seus familiares ou permitir que outros financiem e construam o futuro do povo e Estado Palestino.
Por esses e outros motivos, em Israel, mesmo esperançosos, estamos céticos e acreditamos que os palestinos não estão prontos para a paz, ou não a desejam. Desculpa, não estamos falando dos palestinos “médios” que desejam uma vida melhor para sua família, mas da liderança palestina. Para este segundo grupo, a paz representa o fim da “narrativa palestina” e traria consigo, o fim do poder de persuasão internacional desta novela.
Neste cenário, em que haveria a paz entre dois povos, líderes como Mahmoud Abbas do Fatah, Hussein Nasrallah do Hezbollah e Ismail Haniyeh do Hamas, perderiam suas regalias e seu poder de opressão. Estes, hoje conhecidos pelo mundo como a “militância palestina”, teriam que abdicar ao alto luxo que a narrativa palestina lhes proporciona. Abrir mão dos dólares, euros e francos suíços, trocar os hotéis de muitas estrelas do Qatar por um escritório em Ramallah ou Shuafat, Al-Dis, Al-Quds ou como queiram chamar sua capital. Trabalho pelo povo? Nunca. Trabalho para o povo? Jamais. Usar o povo para o próprio bem? Falsidade? Egoísmo? Dissimulação? Hiprocrisia? Allahu Akbar, Allahu Akbar.
Mas eles, os palestinos, não estavam lá para defender seus interesses dirão as más línguas. Eles não participaram do diálogo! Eles não foram a Casa Branca! Eles não foram ao Bahrein! É um absurdo!
Parabéns, se são esses seus argumentos você caiu, mais uma vez, no conto da narrativa palestina.
É verdade, eles não estavam na Casa Branca, por que não quiseram. Eles não participaram do diálogo, por que não quiserem. Desde o início desta saga, eles não quiserem. Não quiseram em 1937 (Comissão Peel), 1947 (criação do Estado de Israel) 1948 (Guerra da Independência), 1967 (Guerra dos Seis Dias), 1973 (Guerra de Yom Kipur), 2000 (Camp David), 2001 (Taba), 2005 (saída unilateral de Israel da Faixa de Gaza) 2008 (oferta de Ehud Olmert), 2009 (Discurso Bar-Ilan, “Dois Estados para Dois Povos”) e não quiseram em 2016 (plano de Barack Obama). Ele não quiseram. Nunca quiseram.
Ao invés disso, eles escolheram as guerras, as intifadas, o terrorismo e o antissemitismo.
Desde os início deste último processo eles não quiseram. Não quiseram aqui, não quiseram aqui, aqui, e definitivamente não quiseram aqui.