Heiko Mass à esquerda e Gabi Ashkenazi, Min. das Relações Ext. de Israel (Foto: Israel Ministry of Foreign Affairs) Heiko Mass à esquerda e Gabi Ashkenazi, Min. das Relações Ext. de Israel (Foto: Israel Ministry of Foreign Affairs)

Heiko Maas esteve ontem em Jerusalém onde se encontrou com Benjamin Netanyahu e com Gabi Ashkenazi, o novo Ministro das Relações Exteriores de Israel.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

10/06/2020

 

O Ministro das Relações Exteriores da Alemanha Heiko Maas esteve nesta quarta-feira (10) em Jerusalém onde foi recebido por Gabi Ashkenazi. Aliado de Benny Gantz, Ashkenazi assumiu há poucas semanas o cargo de Ministro das Relações Exteriores de Israel no novo governo de Benjamin Netanyahu.

Heiko Mass demonstrou preocupação com a intenção do governo israelense de anexar partes da região da Judéia, Samaria e do Vale do Rio Jordão ao território israelense. Isto, por motivo do Plano de Paz do Século para o Oriente Médio promovido pelo presidente americano Donald Trump.

Desde o primeiro momento, a liderança palestina recusou os esforços do governo dos Estados Unidos para trazer paz ao Oriente Médio. A Autoridade Palestina, órgão controlado por Mahmoud Abbas, chegou a declarar “dias de fúria” contra o plano e prendeu empresários que participaram do Fórum Econômico Prosperidade para a Paz que aconteceu no Bahrein no ano passado.

As regiões da Judéia, Samaria e do Vale do Rio Jordão, historicamente pertencentes a Terra de Israel, foram conquistados pelo IDF em junho de 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. Naquela ocasião, em apenas 6 dias, o jovem exército israelense derrotou os exércitos do Egito, Síria, Jordânia e Iraque que ainda contavam com o apoio de mais países árabes. Os inimigos de Israel não aceitavam a criação do Estado Judeu e desejavam a sua destruição a todo e qualquer custo.

Esta foi a segunda vez que o Exército de Defesa de Israel impediu a destruição do Estado de Israel. Antes disso, imediatamente após a sua criação maio de 1948, o país foi atacado pela Liga Árabe.

No Yom Kipur de 1973, dia mais sagrado do calendário judaico, os árabes tentaram pela terceira vez destruir Israel e reaver os territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias. Enquanto o povo judeu estava orando em jejum, em sinagogas não só de Israel, mas como de todo o mundo, os exércitos do Egito, Síria e Iraque, apoiados pela União Soviética e por Cuba, lançaram um ataque surpresa contra as forças israelenses. Pela terceira vez, o mal falhou em sua tentativa de apagar Israel dos mapas.

Falando em alemão, Heiko Mass disse estar preocupado com a resposta internacional caso Israel decida anexar unilateralmente as regiões supramencionadas. Segundo ele, isto seria uma afronta ao direito internacional.

Gabi Ashkenazi por sua vez, pediu calma a seu colega alemão e disse que a comunidade internacional deve esperar que o governo israelense tome uma decisão.

“O projeto elaborado pelo presidente Donald Trump é uma grande oportunidade. Ele será implementado através da colaboração alemã e do diálogo com nossos vizinhos. Israel quer paz e segurança”, disse Ashkenazi.

Ashkenazi agradeceu a Alemanha por designar o Hezbollah como uma organização terrorista e convocou mais países da União Europeia a seguirem este exemplo.

O Ministro das Relações Exteriores de Israel ainda reafirmou o compromisso do governo de impedir que o Irã obtenha uma bomba nuclear e de que forças iranianas se estabeleçam em locais próximos a fronteira com o país.  De acordo com Ashkenazi, o regime iraniano tenta fornecer a todo momento, mísseis de precisão ao grupo terrorista Hezbollah.

Heiko Mass se encontrou ainda, na capital do Estado de Israel, com o Premier Benjamin Netanyahu.