Policiais israelenses que neutralizaram terrorista em Jerusalém (Polícia de Israel) Policiais israelenses que neutralizaram terrorista em Jerusalém (Polícia de Israel)

Agentes da Polícia de Fronteiras de Israel foram intimados para depor e tiveram de entregar suas armas após reagiram ao atentado deste sábado em Jerusalém.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 05/12/2021

 

Os dois agentes da Polícia de Fronteiras de Israel que reagiram ao atentado deste sábado em Jerusalém correm o risco de responder a um inquérito  por haver causado a morte do terrorista Mohammed Shawkat Salima de 26 anos. A dupla foi intimada a depor pela Unidade de Investigação de Policiais e tiveram de entregar suas armas.

A Unidade de Investigação de Policiais é um órgão autônomo ligado ao Ministério Público de Israel. Sua competência emana do Ministério da Justiça e não é proveniente do Ministério da Segurança Pública, órgão responsável pelas ações policiais.

O atentado deste sábado aconteceu no Portão de Damasco, um dos acessos à Cidade Velha de Jerusalém. Por volta das 16:30, um terrorista palestino esfaqueou um judeu ortodoxo que estava a caminho do Muro das Lamentações. Ao perceberam a ação, os policiais israelenses atiraram contra o terrorista, mesmo quando ele já estava caído e tentado se levantar. Segundo eles, por medo de o palestino estar usando um colete-bomba.

 

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Unidos com Israel (@unidoscomisrael)

 

Quando a notícia de que os policiais que reagiram ao atentado em Jerusalém vieram a público, diversos políticos e autoridades israelenses apressaram-se em enviar mensagens de apoio à dupla. De acordo com o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, por exemplo, os policiais agiram “de forma rápida e decisiva” durante os segundos de tensão.

“O Ministro da Segurança Pública e o Comandante da Polícia de Israel me deixaram a par dos detalhes acerca do atentado em Jerusalém. O policial e a policial de forma rápida e decisiva, contra um terrorista que tentou assassinar um cidadão israelense. Eu expresso meu total apoio aos policiais e rezo pela pronta recuperação da vítima”, escreveu Bennett em suas redes sociais.

O Ministro da Segurança Pública de Israel, Omer Bar Lev, também usou as redes sociais para expressar seu apoio aos policiais. Em uma entrevista hoje de manhã para a rede de notícias Ynet ele disse que a dupla agiu de forma correta e conforme o esperado. Bar Lev não manifestou insatisfação com o Ministério Público, mas disse esperar que o inquérito aberto contra os agentes seja encerrado.

“O vídeo do momento do atentado mostra 50 segundos durante os quais o terrorista atravessa a rua, esfaqueia o judeu ortodoxo algumas vezes e parte em direção aos policiais, atacando-os até ser baleado. Um segundo ou dois após o atentado os agentes tiveram de decidir se o terrorista estava prestes a detonar um colete-bomba ou não. Quando há dúvida não existe dúvida”, escreveu o Ministro da Segurança Pública de Israel.

O Comandante da Polícia de Israel, Yaakov Shabtai, classificou os agentes que neutralizaram em segundos o terrorista em Jerusalém como “heróis” e disse que eles terão a sua disposição todo o apoio jurídico necessário.

Yair Lapid, líder do partido de centro-esquerda Yesh Atid e Ministro das Relações Exteriores de Israel, também usou as redes sociais para demonstrar seu apoio aos policiais que segundo ele, “colocaram um fim ao atentado terrorista e salvaram vidas”.

“Não deixaremos que terroristas provoquem caos nas ruas de Jerusalém e qualquer outro lugar de Israel. Eu desejo uma pronta recuperação à vítima”, escreveu Lapid.