A Tunísia é lar de uma das maiores comunidades judaicas ainda existentes na região norte da África.
Por Unidos com Israel
Jerusalém, 15/05/2023
Seis pessoas foram assassinadas em um atentado à tiros contra a sinagoga El Ghriba, na ilha de Djerba, na região leste da Tunísia. Isto, durante as celebrações da festa judaica de Lag BaÔmer, na semana passada.
De acordo com o Ministério do Interior da Tunísia o ataque à sinagoga de Djerba foi perpetrado por um guarda naval tunisiano. Ele atirou contra um colega, roubou sua arma e seguiu em direção à sinagoga El Ghriba. Chegando lá, ele disparou indiscriminadamente contra os fiés que participavam das celebrações de Lag BaÔmer.
Ainda de acordo com as autoridades tunisianas 6 pessoas morreram no ataque à sinagoga de Djerba. Entre elas, 4 guardas e dois judeus identificados como o cidadão israelense Aviel Haddad de 30 anos e Benjamin Haddad de 42 anos, um cidadão francês.
Aviel e Benjamin Haddad era primos e tinham raízes tunisianas. Eles foram à Djerba para participar da famosa peregrinação à sinagoga de El Ghriba que acontece todos os anos no dia de Lag BaÔmer atraindo milhares de pessoas.
Outras 10 pessoas ficaram feridas no ataque à sinagoga de Djerba e o atirador baleado e morto pela polícia local.
Presidente do Conselho Judaico Europeu, Ariel Muzicant condenou o atentado à sinagoga El Ghriba.
“O terrorismo continua a atacar judeus em todo o mundo, mesmo quando eles juntam-se para suas orações como sabemos de vários episódios, um deles nesta mesma sinagoga”, disse Muzicant.
Em 2022, no mesmo evento de Lag Baômer, um caminhão bomba explodiu em frente à sinagoga El Ghriba matando 20 pessoas e deixando dezenas de feridos. O episódio levou as autoridades locais a reforçar a segurança da sinagoga.
A sinagoga El Ghriba
Considerada uma das mais importantes e antigas sinagogas do mundo a sinagoga El Ghriba, “o miragloso” em árabe, pode ter sido construída por judeus que fugiram de Israel após a destruição do primeiro Templo Sagrado de Jerusalém.
Famosa por sua decoração em azul e branco a sinagoga El Ghriba é considerada um lugar sagrado pela comunidade judaica da Tunísia e um ponto turístico da ilha de Djerba. Símbolo histórico local, o templo religioso é venerado tanto por judeus quanto por muçulmanos e sua importância é tamanha que as autoridades locais lutam para que sinagoga seja considerada um patrimônio histórico mundial da UNESCO.
A comunidade judaica da Tunísia
Hoje um país muçulmano a região da Tunísia é habitada por judeus há mais de 2.000 anos, desde a primeira diáspora judaica promovida pela conquista de Jerusalém pelo imperador babilônico Nabucodonossor II.
Durante o Império Romano a comunidade judaica da atual Tunísia floresceu e tornou-se importante. Isto, até a expansão do Islã no século VII, quando aquela região foi conquistada por muçulmanos que transformaram a vida da comunidade judaica local em desagradável e aterrorizante.
A Tunísia continuou a abrigar uma comunidade judaica durante o Império Otomano. Esta, voltou a respirar com mais tranquilidade e passou a gozar de mais liberdades quando o país foi conquistado pela França em 1881.
Após a criação do Estado de Israel em 1948, a comunidade judaica da Tunísia viu-se ameaçada pela maioria muçulmana do país. Muitos de seus membros imigraram para a França ou para Israel e hoje o país tem cerca de 1.500 judeus apenas.
Apesar dos seus 1.500 membros, a comunidade judaica da Tunísia é uma das maiores ainda vivas no norte do continente africano. O Marrocos tem hoje a maior comunidade judaica da região.
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