Para a Autoridade Palestina, que convocou seu embaixador em Manama para consulta, o acordo de paz entre Israel e o Reino do Bahrein é uma “traição”.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 13/09/2020
Não demorou muito para que a Autoridade Palestina e o grupo terrorista Hamas condenassem o acordo de paz firmado entre o Estado de Israel e o Reino do Bahrein. Anunciado na última sexta-feira (11) pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o acordo prevê a plena normalização das relações diplomáticas entre as duas nações.
Em nota divulgada ainda na sexta-feira, a Autoridade Palestina rejeitou e “condenou veementemente” o acordo de paz firmado entre Israel e o Bahrein. Além disso, a nota classifica o tratado como uma “traição a Jerusalém, a Mesquita de Al-Aqsa e a causa palestina” e diz que a manobra respalda “a legalização dos horrendos crimes de Israel contra o povo palestino”.
“Israel segue controlando e anexando territórios palestinos através do uso de seu poderio militar e age ativamente, para transformar Jerusalém em uma cidade judaica, controlando locais sagrados islâmicos e cristãos e cometendo crimes contra o povo palestino”, diz a nota.
O Secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, Dr. Saeb Erekat, acusou o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos de “contribuírem com a campanha presidencial de Donald Trump às custas dos inalienáveis direitos do povo palestino”.
Durante o final de semana, em represália à paz, o Ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Dr. Riad Malkim, convocou seu embaixador em Manama, capital do Reino do Bahrein, para consulta.
Já na Faixa de Gaza, o grupo terrorista Hamas, que controla a região, chamou o acordo de paz entre Israel e o Bahrein de uma “vergonha” e uma “agressão”.
De acordo com uma nota divulgada pela organização terrorista, “o tratado constitui uma grande ameaça à segurança, estabilidade e à prosperidade da região. Isto, somado as suas terríveis consequências ao povo palestino”.
Assim como o grupo terrorista Hamas e a Autoridade Palestina, a Turquia de Erdogan e o regime dos aiatolás iranianos também condenaram o acordo de paz firmado entre Israel e o Reino do Bahrein.