Netanyahu e o Rei Abdullah II da Jordânia (Screenshot/Youtube) Netanyahu e o Rei Abdullah II da Jordânia (Screenshot/Youtube)

Esta é a primeira viagem internacional de Benjamin Netanyahu após reassumir o cargo de Primeiro-ministro de Israel.


Por Unidos com Israel

Jerusalém, 25/01/2023

 

O Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viajou nesta terça-feira (24) para Amã e foi recebido na capital do reino hachemita pelo Rei Abdullah II da Jordânia. Esta é a primeira vez que os dois líderes se encontraram desde junho de 2018.

O encontro entre Benjamin Netanyahu e Abdullah II só foi divulgado após sua conclusão. Muito provavelmente, por questões de segurança. Em um breve comunicado, Jerusalém informou que os líderes de Israel e da Jordânia “discutiram temas regionais, especialmente aqueles relacionados a cooperação estratégica, nas áreas da segurança e economia”.

“Eles também celebraram a longa amizade e parceria entre Israel e o Reino Hachemita”, diz o comunicado.

Amã por sua vez, preferiu ressaltar a custódia da Jordânia sobre os locais sagrados para o Islã, em Jerusalém. Em um comunicado divulgado pela casa real hachemita o rei Abdullah II disse haver conversado com Benjamin Netanyahu sobre a “importância de se respeitar o histórico e jurídico status quo na Mesquita Al Aqsa/Haram Al Sharif”.

De acordo com o status quo, defendido pelos países árabes e pela comunidade internacional, apenas muçulmanos têm livre e absoluto acesso ao Monte do Templo, em Jerusalém. Isto, além de gozar de total liberdade religiosa e de culto no local. Judeus e cristãos por sua vez, apenas podem visitar o Monte do Templo em determinadas horas do dia, acompanhados de polícias e agentes da Waqf.

Ainda de acordo com o status quo defendido pelo mundo árabe, não existe liberdade religiosa no Monte do Templo para judeus os cristãos, que são proibidos de rezar no local.

Esta visão islâmica do status quo de Jerusalém, defende que toda e qualquer visita de um judeu ao Monte do Templo, ou Haram al-Sharif em árabe, deve ser vista como um ato de violência contra a fé muçulmana.

No início deste mês, a Jordânia, baseada na intransigente visão islâmica do status quo, condenou a visita do Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, ao Monte do Templo. Apesar, de esta ter ocorrido em conformidade com as regras do status quo internacional, no horário reservado à visita de judeus e sem que qualquer manifestação política ou religiosa tenha sido feita pelo ministro israelense que sequer aproximou-se da mesquita al-Aqsa.

“A Jordânia condena nos termos mais severos, a invasão da mesquita al-Aqsa e a violação de sua santidade”, diz um comunicado divulgado na ocasião da visita de Ben-Gvir ao Monte do Templo pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Hachemita.