O Secretário de Estado, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos trabalharão junto a seus aliados para “garantir que o Hamas não se beneficie do auxílio para a reconstrução” de Gaza.


Por United With Israel e AP

 

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu na terça-feira “angariar fundos internacionais” para ajudar na reconstrução da Faixa de Gaza. Segundo ele, isto será feito sem que os membros do grupo terrorista Hamas, que controlam o território, possam colocar suas mãos na ajuda internacional.

Os grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica Palestina deram início a um conflito que durou 11 dias. Milhares de foguetes foram lançados indiscriminadamente contra a população civil de Israel, o que levou a morte de 12 pessoas, entre eles, um menino de apenas 5 anos.

A acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na última sexta-feira até agora foi mantido, mas sendo “incondicional”, o mesmo não abordou qualquer questão relacionada ao conflito palestino-israelense. O acordo, apenas instituiu uma trégua entre Israel e os grupos terroristas presentes na Faixa de Gaza, o que foi reconhecido por Blinken após seu encontro com o premier Benjamin Netanyahu.

“Sabemos que para evitar a retomada da violência teremos que usar este intervalo para abordar um grande número de questões e desafios subjacentes. Isso, começará com o enfrentamento da grave situação humanitária da Faixa de Gaza e com o início da sua reconstrução”, disse Blinken

“Os Estados Unidos trabalharão para angariar fundos internacionais que serão destinados e este propósito e ao mesmo tempo, faremos contribuições significativas”, disse ele. Blinken acrescentou que a administração Biden trabalharia com seus aliados para “garantir que o Hamas não se beneficie dos fundos para a reconstrução” da Faixa de Gaza.

Em sua viagem pelo Oriente Médio o Secretário de Estado dos Estados Unidos não se reunirá com membros do grupo terrorista Hamas, que não aceita a existência de Israel.

Blinken falou ainda sobre alguns dos desafios do conflito e disse acreditar que “palestinos e israelenses merecem viver com segurança, desfrutar do mesmo grau de liberdades, oportunidades, democracia e dignidade”.

Ao lado de Blinken o Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou o Hamas para a possibilidade de uma retaliação “muito poderosa” se o cessar-fogo for quebrado.

Netanyahu falou ainda sobre “promover o crescimento econômico” nas regiões da Judéia e Samaria, mas disse que só haverá paz, se os palestinos reconhecerem o Israel como o “Estado Judeu”. Algo que há décadas a liderança palestina se recusa a aceitar.

Na última segunda-feira um terrorista palestino esfaqueou dois israelenses em Jerusalém. Ele foi baleado pela polícia israelense e morreu em seguida.

Nesta terça-feira Antony Blinken irá à Ramallah para se encontrar com o presidente de Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Apesar de comandar a Autoridade Palestina, órgão que graças ao apoio interacional administra parte da Judéia e Samaria, Mahmoud Abbas não têm qualquer controle sobe a Faixa de Gaza que foi tomada pelo grupo terrorista Hamas em 2007, após um sangrento golpe militar.

Após cancelar as primeiras eleições em 15 anos para a presidência e parlamento da Autoridade Palestina, por receio de ver seu partido derrotado pelo Hamas, Mahmoud Abbas é visto pelos próprios palestinos como um líder sem legitimidade.

Blinken também visitará o Egito e Jordânia, que atuaram como mediadores durante o último conflito.