Netanyahu, Rivlin e Gantz. (Yonatan Sindel/Flash90) Netanyahu, Rivlin e Gantz. (Yonatan Sindel/Flash90)

COVID-19 uniu Netanyahu e seu opositor Benny Gantz que com o apoio do premier israelense, foi eleito president do Knesset. Gantz: “Israel acima de tudo”.

Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Na noite desta quinta-feira (26), pode haver terminado uma das maiorias crises políticas que o Estado de Israel já viveu. Após mais de um ano de um governo interino e 3 eleições que fragmentaram a sociedade israelense, parece que foi necessário a crise do coronavírus para unir Netanyahu e seu opositor, Benny Gantz.

Após uma série crise democrática que precisou da intervenção do Supremo Tribunal de Justiça para ser solucionada, da renúncia do antigo Presidente do Knesset Yuli Edelstein, número dois do partido de Netanyahu, parece que estamos próximos, finalmente, de um governo em Israel. Este provável governo, seria formado pelo bloco de partidos de direita liderado por Netanyahu e seu partido, o Likud, e pelo seu opositor, o General Benny Gantz, líder do partido Chosen LeIsrael, que até ontem fazia parte da coligação Kachol Lavan (Azul e Branco).

Ontem, Benny Gantz anunciou, a contragosto de seus aliados políticos Moshe Bugi Yalon e Yair Lapid, que se candidataria ao cargo de Presidente Interino do Parlamento israelense. Isto, foi o sinal de uma aproximação entre ele e o Premier israelense Benjamin Netanyahu que há dias, vinha convocando seu opositor a voltar para à mesa de negociações e formar um governo de emergência contra a crise do coronavírus.

À noite, Benny Gantz foi eleito Presidente Interino do Knesset, com o apoio de Netanyahu que foi um dos 74 parlamentares que votaram no general israelense.

“Estes não são dias comuns. Neste momento de emergência, nos observam milhares de israelenses que nos últimos dias perderam seu sustento”, disse Benny Gantz. Segundo ele, além de lutar contra o coronavírus, é também hora de se unir para lutar pela afirmação da democracia israelense e de seus agentes. “Esta é uma missão muito difícil, e todos teremos que escolher os pontos que deveremos impor e em quais vamos ceder”, falou Gantz em seu discurso.

Enquanto isso, o Kachol Lavan, coligação de três partidos liderada por Benny Gantz, tornou-se mais uma vítima do COVID-19. Seus aliados políticos hão mais de um ano, Yair Lapid e Moshe Bugi Yaalon, líderes dos partidos Yesh Atid e Talam, respectivamente, deram entrada em um processo que desmembrou o Kachol Lavan. Para eles, a aproximação entre Gantz e Netanyahu, que enfrenta acusação de corrupção e tem a primeira fase do processo judicial marcada para maio deste ano, é inaceitável.

“Não nos uniremos ao governo de Netanyahu”, haviam dito os três aliados durante o processo eleitoral. Hoje, frente a crise de saúde e econômica gerada por um vírus chinês, alguns opostos se atraíram no cenário político israelense e à noite, o agora novo Presidente Interino do Knesset escreveu nas redes sociais o slogan que usou durante toda a campanha eleitoral: “Israel em primeiro lugar”.

Tweet de Gantz: “Israel em primeiro lugar”.

Vale ressaltar, que a aproximação entre Netanyahu e Benny Gantz, que foi incumbido pelo presidente israelense Reuven Rivlin de formar uma coalizão, não significa que um governo será criado imediatamente.  Este parece ser o caminho, mas até lá, haverá muita negociação sobre partidos, cargos e ministérios.

De acordo com a mídia israelense, em um provável governo, Netanyahu continuará exercendo o cargo de Primeiro-ministro pelo período de um ano e meio e depois passará o cargo ao seu opositor. Enquanto isso, Benny Gantz deverá ocupar o cargo de Ministro das Relações Exteriores ou da Justiça, e ainda acumular o cargo de Primeiro-ministro substituto.

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