Com a queda no número de casos de coronavírus, Israel afrouxa medidas de isolamento para aquecer a economia.
Unidos com Israel
Na sexta-feira (24) em uma reunião presidida pelo Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e que contou com a participação de ministros e autoridades, o governo israelense adotou medidas para flexibilizar as severas regras de isolamento impostas a população.
Com o comércio fechado há aproximadamente um mês e meio, a economia israelense sofreu um forte baque e a taxa de desemprego saltou de 3,9% para 26%. Assim, com as novas medidas que entraram em vigor na manhã deste domingo, o governo espera reaquecer a economia sob a sombra do coronavírus.
De acordo com a novas diretrizes aprovadas pelo governo de Benjamin Netanyahu, todas as lojas de rua, ou localizadas em centros comerciais ao ar livre, puderam abrir suas portas hoje de manhã.
Salões de cabeleireiro e barbearias também puderam retomar as atividades. Além disso, restaurantes podem oferecer, além do serviço de entrega, a possibilidade de seus clientes buscarem suas encomendas.
Mesmo com a abertura de parte do comércio, os lojistas deverão se adequar a uma nova rotina e respeitar algumas regras, como limitar a quantidade de clientes em suas lojas em um mesmo momento para evitar aglomerações. A temperatura corporal dos clientes deverá ser verificada na entrada de qualquer estabelecimento.
Além destas medidas, os lojistas deverão manter atualizado, um cadastro de todos os clientes que estiveram em suas lojas. Este cadastro deverá conter o nome, as informações de contato dos clientes e o horário em que eles estiveram na loja. Isto será usado pelos órgãos de saúde em prováveis investigações epidemiológicas para facilitar o rastreamento de todas as pessoas expostas a um paciente com coronavírus (Covid-19).
Academias de ginástica, shoppings centers e parques continuam fechados e o acesso às praias ainda está proibido.
Atividades esportivas são permitidas quando os israelenses estiverem sozinhos ou em dupla, e em um raio de até 500m de suas residências.
Cultos religiosos e manifestações
As sinagogas, igrejas, mesquitas e demais estabelecimentos religiosos continuarão fechados, mas os cultos religiosos estão permitidos em locais abertos e com a participação de até 19 pessoas.
Durante as manifestações religiosas, deverão ser respeitadas as regras de distanciamento determinadas pelo Ministério da Saúde de Israel. De acordo com essas regras, deve haver por exemplo, um espaço de pelo menos 2 metros entre os fiéis.
As manifestações políticas também são permitidas, na realidade elas nunca foram proibidas pelo governo de Benjamin Netanyahu. Em nenhum momento limitou-se o direito dos cidadãos à manifestação, mas, em eventos desta natureza, deve-se respeitar as medidas de distanciamento impostas pelo Ministério da Saúde de Israel.
Apesar das novas regras, o governo ainda pede que os israelenses fiquem em suas casas e que ao saírem, usem máscaras. O uso de máscara em espaços públicos é obrigatório e aqueles que desrespeitarem esta regra estarão sujeitos a uma multa de 200 shekels, o equivalente a 317 reais ou 52 euros.
O transporte público em Israel ainda não foi normalizado, mas já opera com o nível maior de ônibus nas ruas. A rede de trens intermunicipais ainda não pode circular e as escolas e universidades ainda estão fechadas.
Apesar destas medidas, o governo israelense está preocupado com o mês do Ramadan e pediu que os muçulmanos faças as refeições de Iftar em suas casas, sem receber amigos e familiares.
As celebrações do Dia da Independência de Israel e do Yom Hazikaron, que acontecem nesta terça-feira e quarta-feira, também são uma preocupação. Nestes dias, o comércio estará fechado e os israelenses não poderão sair de suas casas, a não ser para comprar medicamentos.