Da direita para a esquerda: Amit Barnea, Isaac Herzog e Naftali Bennett (foto: Chaim Zach, GPO) Da direita para a esquerda: Amit Barnea, Isaac Herzog e Naftali Bennett (foto: Chaim Zach, GPO)

David Barnea disse que o Mossad fará tudo o que estiver ao seu alcance para impedir o progresso do projeto nuclear iraniano e a busca de Teerã por uma bomba atômica.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 05/12/2021

 

No final da semana passada, quando ficou claro que a sétima rodada de negociações entre o Irã e as potências mundiais acerca do acordo JCPOA não levariam a nada, o Diretor do Mossad, David Barnea, comprometeu-se publicamente a impedir que Teerã obtenha armas nucleares.

“O Irã nunca terá armas nucleares, nos próximos anos ou no futuro, nunca. Este é um compromisso pessoal. Este é o compromisso do Mossad”, disse Barnea durante uma cerimônia em que participaram o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, e o presidente Isaac Herzog.

“Nossos olhos estão abertos, estamos em alerta e junto a nossos colegas dos órgãos de defesa faremos o que for necessário para impedir que esta ameaça coloque em risco o Estado de Israel”, disse o Diretor do Mossad.

Barnea explicou que o regime iraniano é um agente desestabilizador no Oriente Médio e que opera em diversas regiões do mundo através de grupos terroristas. Entre estes grupos, podemos citar o Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica Palestina, Ansar Allah (Rebeldes Houthis) e o Movimento Islâmico da Nigéria.

Foi esta rede terrorista internacional, arquitetada e financiada por Teerã, que uniu países como Israel, Emirados Árabes, Unidos, Bahrein, Arábia Saúdita e Marrocos em uma coalisão disposta lutar contra o extremismo islâmico. Isto, mesmo a custo de suas relações com Washington e a União Europeia, que defendem o diálogo e a diplomacia como arma capaz de conter as ambições nucleares do Irã.

Também na semana passada a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou que o Irã começou a produzir urânio enriquecido através de novas e eficientes centrífugas dispostas na usina nuclear de Fordow.

Além disso, Teerã anunciou que aumentou suas reservas de urânio enriquecido a 20% e a 60%, caminhando para obter 90% de pureza do mineral radioativo. Para o Diretor do Mossad, esta é a prova cabal de que o programa nuclear do regime dos aiatolás tem objetivos militares, e não civis.

“É claro que não há a necessidade de urânio enriquecido a 60% para fins civis. Não há necessidade de três usinas nucleares com milhares de centrífugas ativas a não ser que haja a intenção de desenvolver armas atômicas”, disse Barnea, que viaja esta semana para Washington onde se encontra com altos funcionários da administração Biden.