Premier israelense Benjamin Netayahu (Foto: Amos Ben-Gershom, GPO) Premier israelense Benjamin Netayahu (Foto: Amos Ben-Gershom, GPO)

Mutação britânica do coronavírus, hospitais lotados e aumento do número de casos de covid-19 são alguns dos motivos que levaram o governo israelense a aprovar o enrijecimento das medidas de lockdown a partir desta sexta-feira.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 06/01/2021

 

Em vigor desde o último dia 26 de dezembro, o lockdown em Israel terá suas restrições ampliadas a partir das 0h desta sexta-feira. Isto, em mais uma tentativa de conter o avanço do vírus chinês e enquanto espera que a campanha de vacinação surta o efeito esperado com a imunização de parte da população após a administração da segunda dose da vacina da Pfizer. Em pouco mais de duas semanas, quase 1.5 milhão de israelenses receberam a primeira dose do medicamento e no próximo domingo, começa a operação que administrará a segunda dose da vacina.

Com elevação do número de casos de coronavírus sendo observada nos últimos dias e a confirmação de que muitos israelenses foram diagnosticados com mutações do vírus chinês, seja ela a britânica ou não, Israel tem hoje 60.801 casos ativos de covid-19. Apenas na últimas 24h por exemplo, 8.191 novos casos foram confirmados pelas autoridades sanitárias locais.

Mas não foi apenas o surto de novos casos de covid-19 que levaram o governo israelense a optar pelo endurecimento das medidas de lockdown. Sobrecarregados, alguns hospitais do país optaram por cancelar tratamentos e cirurgias eletivas o que aponta para um sistema de saúde incapaz de lidar com o avanço da pandemia. Ou pelo menos, que deseja priorizar o tratamento adequado para aqueles que precisam de cuidados especiais relativos ou não, à covid-19.

Assim, em um “último esforço” como classificou o Primeiro-ministro Bejamin Netanyahu, Israel terá um lockdown severo a partir de sexta-feira quando além das medidas já adotadas, creches e escolas serão fechadas. Além disso, empresas serão instruídas a permitir que seus funcionários trabalhem de suas casas e os israelenses ficam impedidos de deixar o país, a não ser se houverem comprado passagens aéreas antes da decisão ministerial ou mediante autorização das autoridades pertinentes. Tudo isso, por um período inicial de duas semanas.