Netanyahu esta semana durante visita ao aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv, (Haim Zach, GPO) Netanyahu esta semana durante visita ao aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv, (Haim Zach, GPO)

“A vacina contra o coronavírus está a caminho de Israel”, tuitou o Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu após conversar com o CEO da Pfizer.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 12/11/2020

 

Apesar de haver desenvolvido e estar testando em seres humanos a sua própria vacina contra o coronavírus, a BriLife, Israel deu início às negociações para comprar a vacina contra a covid-19 das empresas Pfizer e BioNTech. No início desta semana, a Pfizer anunciou que a sua vacina, chamada de BNT162b2, tem uma eficácia de mais de 90% na prevenção da doença provocada pelo vírus chinês.

Em um intervalo de poucas horas, e em uma corrida contra o tempo para atender as condições e valores impostos pela Pfizer, Netanyahu conversou ao telefone duas vezes com o presidente da empresa, Albert Bourla. Isto, de acordo com a mídia israelense, para acelerar o processo de compra e garantir o acesso de Israel à vacina.

“Acabei de ter uma conversa muito amigável com o Presidente da Pfizer”, disse Netanyahu em um vídeo gravado e postado em suas redes sociais. “Aparentemente Albert Bourla tem muito orgulho em sua ascendência grega e judaica, de Salonica. Ele me disse que preza muito pelo estreitamento das relações entre Israel e a Grécia, algo que venho conduzindo há alguns anos e após está conversa, que foi muito prática e franca, eu estou confiante de que concluiremos as negociações e assinaremos um contrato com a empresa Pfizer”, disse Netanyahu na noite desta quarta-feira.

Hoje pela manhã, o Primeiro-ministro israelense informou que conversou novamente com o Presidente da Pfizer.

“Outro importante avanço para a obtenção da vacina: hoje às 2h da madrugada, horário local, conversei uma vez mais com o CEO da Pfizer, Albert Bourla. Para que todos os obstáculos e questões burocráticas fossem superadas e para que cheguemos a um acordo, participaram da conversa também o Procurador-Geral Adjunto de Israel e o assessor jurídico da empresa Pfizer. Eu continuo a trabalhar dia e noite para conseguir as vacinas”, tuitou Netanyahu.

Com capacidade para produzir até 50 milhões de doses da vacina ainda este ano, a Pfizer tem contratos já firmados com os Estados Unidos, União Europeia, Japão, Canadá, Chile, Peru, Austrália e Costa Rica. No ano que vem, a empresa espera produzir mais 1.3 bilhão de doses de sua vacina contra o coronavírus.

Sem citar nomes, o jornal israelense YNET, disse que conversou com um alto funcionário do Ministério da Saúde de Israel e este teria dito que o governo já “encomendou uma grande quantidade de doses da vacina, para uma grande parte da população”. De acordo com esta fonte, citada pela publicação, Israel receberá as primeiras doses da vacina a partir do momento em que a Pfizer comece a exportá-la dos Estados Unidos.

“Nós estamos trabalhando muito para que o contrato seja assinado”, disse o oficial israelense para o Ynet.

Referindo-se às questões logísticas inerentes à vacina da Pfizer, que exige que as doses sejam transportadas e armazenadas a uma temperatura de -70°C, o funcionário do Ministério da Saúde citado pelo jornal israelense disse que este tema já está sendo estudado pelas autoridades.

“As últimas informações que recebemos referentes a refrigeração parecem mais razoáveis. Nós já estamos nos preparando para isso”, concluiu ele sem dizer quando as primeiras doses da vacina contra o coronavírus chegarão ao Estado de Israel.