Arquivo: foto do aeroporto Internacional Ben Gurion en Tel Aviv, vazio em fevereiro deste ano (Foto: David Aghiarian, Unidos com Israel) Arquivo: foto do aeroporto Internacional Ben Gurion en Tel Aviv, vazio em fevereiro deste ano (Foto: David Aghiarian, Unidos com Israel)

Em uma tentativa de conter o avanço do coronavírus, Israel decidiu pela quarentena compulsória para todos aqueles que chegarem ao país.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 20/12/2020

 

Diante do aumento do número de casos de covid-19 em Israel e da mutação pela qual passou o coronavírus, detectada pelas autoridades sanitárias do Reino Unido, o governo israelense determinou que todos aqueles que chegarem ao país serão submetidos a um período de até 14 dias de quarentena.

Até a manhã deste domingo, passageiros que chegavam a Israel vindo de países considerados “verdes”, em função do baixo índice de casos de covid-19, não eram obrigados a cumprir o período de quarentena. Entre estes países estavam os Emirados Árabes Unidos, Austrália, Uruguai, Finlândia, Nova Zelândia, Singapura, Japão e mais.

A quarentena domiciliar compulsória é exigida em Israel desde o início da pandemia para pessoas vindas do exterior ou pessoas que tiveram por exemplo, contato com pacientes diagnosticados com covid-19. Todos os dias, o Ministério da Saúde atualiza a lista de locais e estabelecimentos comerciais por onde passaram doentes nas últimas duas semanas. Feita a partir de informações colhidas de pacientes diagnosticados com covid-19 por um exército de funcionários das autoridades sanitárias e defesa civil, responsáveis pela investigação epidemiológica, esta lista tem o objetivo de romper a cadeia de transmissão do vírus chinês.

Hoje, a regra de 14 dias de quarentena domiciliar, ou 10 dias após a decorrência de 2 testes negativos de coronavírus, é fiscalizada pela polícia. Os infratores, estão sujeitos a uma multa de até 5.000 shekalim, o equivalente a aproximadamente 1.550 dólares.

 

Quarentena e isolamento para passageiros vindos do Reino Unido

 

Tentando impedir que a nova variante do coronavírus chegue a Israel, as autoridades locais responsáveis pela luta contra a pandemia do vírus chinês, determinaram que os israelenses que chegarem ao país vindos do Reino Unido, Dinamarca e África do Sul, serão enviados a um hotel e lá deverão ficar isolados por um período de até 14 dias. Estes hotéis, geridos pela unidade de Defesa Civil do Exército de Defesa de Israel, estão espalhados por todo o país e oferecem uma opção para aqueles que não tem condições de cumprirem o período de quarentena em suas casas.

Além de Israel, a Holanda e a Bélgica também impuseram restrições ao Reino Unido para conter a proliferação da variante do vírus chinês e determinaram o cancelamento de todos os voos vindos do país. A Alemanha é outra nação europeia que já cogita o cancelamento dos voos para e provenientes do Reino Unido.

Quase 10 meses após a confirmação do primeiro caso de coronavírus do país, Israel tem hoje 24.356 casos ativos de covid-19. Destes pacientes, 466 estão em estado grave.

Desde o início da pandemia as autoridades israelenses já registraram 373.655 casos de coronavírus no país e 3.082 mortes.