Livro de Salmos guardado no bolso de vítima do atentado em Jerusalém evitou que estilhaços de uma das bombas tirassem a sua vida.
Por Unidos com Israel
Jerusalém, 28/11/2022
O hospital Shaare Zedek Medical Center divulgou neste domingo (27), o impressionante relato de uma das vítimas que sobreviveram aos atentados que na semana passada chocaram a cidade de Jerusalém, capital de Israel. De acordo com o homem, que apesar de haver sobrevivido ficou gravemente ferido e segue internado, sua vida foi salva por um livro de salmos que estava no bolso de seu terno, absorveu estilhaços da bomba e impediu que estes tirassem a sua vida.
Capa traseira do livro de salmos perfurada pelos estilhaços de uma bomba detonada por terroristas na cidade de Jerusalé.
A história do homem, que tem 62 anos de idade e que na última quarta-feira (23) viajaria de Jerusalém para a cidade de Meron, na região norte de Israel, foi contada aos médicos e rabinos que o visitaram no hospital durante o shabat. A todos, ele mostrou o livro de salmos que estava em seu bolso na hora em a primeira bomba explodiu, às 7h da manhã, em um ponto de ônibus na entrada de Jerusalém. Nele, estavam as marcas do terror.
O livro, já muito desgastado pelos anos de uso, teve sua capa traseira perfurada pelos estilhaços que só pararam ao atingir o salmo 124 e as palavras: “como um pássaro nossa alma escapou”.
Marca dos estilhaços da bomba no salmo 124.
“O paciente pediu para que sua identidade não fosse divulgada, mas permitiu a divulgação da foto de seu livro de salmos sob a condição de algumas palavras fossem acrescentadas à descrição da foto: “isto é o que nos salva”, disse a vítima referindo-se às nossas orações.
Terror em Jerusalém
Na última quarta-feira (23), dezessete anos após o fim da Segunda Intifada, a cidade de Jerusalém voltou a ser alvo de atentados à bomba. Duas explosões, no horário de pico da manhã, deixaram dois mortos e outras 24 pessoas feridas.
As vítimas fatais foram identificadas como Tadesse Tashume Bem Ma’ada de 50 anos e Aryeh Schupak que aos 16 anos de idade, estava a caminho de sua escola.
De acordo com a Polícia de Israel, a primeira explosão aconteceu por volta das 7h da manhã em um ponto de ônibus localizado na rua Shaarei Yerushalaim, Portões de Jerusalém em português, principal acesso à capital de Israel. Cerca de 30 minutos depois, outra bomba foi detonada em um dos acessos ao bairro de Ramot, na região norte da cidade.
Segundo as autoridades israelenses as investigações indicam que as bombas foram plantadas de antemão por terroristas e detonadas remotamente, à distância e através de aparelhos celulares.
Até agora, nenhum grupo terrorista assumiu a autoria pelos atentados e as forças de segurança israelenses estão se concentrando em atividades de inteligência. Estas, acredita-se, levarão a identificação dos suspeitos e prisão dos responsáveis pelos ataques.