Em sua primeira viagem internacional para fora da União Europeia desde o início da pandemia, Heiko Mass visitou a capital do Estado de Israel e encontrou-se com o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

10/06/2020

Durante uma visita relâmpago ao Estado de Israel e à Jordânia, Heiko Mass, Ministro das Relações Exteriores da Alemanha conversou com o Premier Benjamin Netanyahu sobre o Plano de Paz do Século para o Oriente Médio e a possibilidade de Israel declarar sua soberania sobre partes da região da Judéia, Samaria e Vale do Rio Jordão.

De acordo com a mídia israelense, Hass alertou Netanyahu sobre as ameaças feitas por alguns países da União Europeia ao Estado de Israel se houver a anexação do território conquistado por Israel durante a Guerra dos Seis Dias.

Entre os países que estariam ameaçando Israel está a França de Emmanuel Macron. No mês passado, ao enviar sua saudação ao Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por ocasião da formação de seu novo governo, o Ministério da Relações Exteriores da França disse em nota que qualquer forma de anexação de partes da Cisjordânia traria consequência à relação entre a União Europeia e Israel.

Também no mês passado, o chanceler francês Jean-Yves Le Drian, disse que o país estava trabalhando em conjunto com outros países para frear a declaração de soberania do Estado de Israel sobre o território.

De acordo com dados divulgado pelas Conselho Regional da Judéia e Samária, aproximadamente 450.000 israelenses vivem na Cisjordânia sob as leis do Estado e a proteção do Exército de Defesa de Israel. Lá, reina o status quo aliado ao receio dos líderes israelenses.

Também em maio, durante uma reunião de líderes europeus, o Ministro das Relações Exteriores da União Europeia, o espanhol Joseph Borrel, cogitou ameaçar Israel com sanções econômicas, mas desistiu depois de não conseguir o apoio de todos os 27 países do bloco. Os grandes defensores desta posição seriam a Irlanda, a França e a Bélgica. Os dois últimos, países com uma enorme comunidade muçulmana.

Usando a política da cenoura e do chicote, Hass teria dito ao Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que a Alemanha, mesmo desaprovando prováveis medidas contra Israel, não será capaz de freá-las.

Em nota, o gabinete de Benjamin Netanyahu informou que o premier israelense e o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha discutiram a pandemia do coronavírus, a ameaça iraniana e o financiamento europeu a ONGs que desejam a destruição do Estado de Israel e promovem o antissemitismo.

Sobre o Plano de Paz do Século proposto pelo Presidente americano Donald Trump, o gabinete de Netanyahu informou que Hass foi avisado de que qualquer plano realista para a paz entre israelenses e palestinos devem considerar o fato de que há cidadãos israelenses morando na Cisjordânia e não “fomentar a ilusão de que cidadãos sejam arrancados de suas casas”.

Hoje, enquanto milhões de árabes vivem em Israel e outros milhares entram diariamente no país para trabalhar, a Autoridade Palestina proíbe a entrada de israelenses em seu território.

Muito se fala dos “refugiados palestinos”, mas enquanto isso outro grupo de refugiados, os quase um milhão de judeus expulsos de países árabes com a criação do Estado de Israel, foi esquecido pela comunidade internacional. Isto porque, Israel abraçou estes refugiados enquanto a liderança palestina, apenas usa seu povo para manter acessa sua narrativa e lucrar com sua miséria.