Apoiadores de Netanyahu comemoram o resultado das eleições (AP Photo/Oded Balilty) Apoiadores de Netanyahu comemoram o resultado das eleições (AP Photo/Oded Balilty)

Boca de urna aponta que partido do Primeiro-ministro de Israel elegeu 37 parlamentares, 3 a mais que o partido Azul e Brando de seu oponente, o General Benny Gantz.

David Aghiarian, Unidos com Israel

Após três eleições em menos de um ano, Israel pode estar perto de ter, finalmente, um governo. Isto por que segundo as pesquisas de boca de urna o bloco da direita, liderado por Benjamin Netanyahu, elegeu 60 parlamentares dos 120 que compõe o Knesset, o parlamento israelense. Os resultados oficiais só serão divulgados dentro de alguns dias, após a contagem dos votos de soldados, presidiários e diplomatas, mas tudo indica que Israel não voltará às ruas, pelo menos não tão cedo.

 

 

Vitória da direita contra “a rapa”

Benny Gantz em Tel Aviv durante a campanha eleitoral. Foto: David Aghiarian)

Mas se Netanyahu conseguiu apenas 60 cadeiras no Knesset, por que ele chamou o resultado das eleições de uma “vitória gigantesca”? Porque é improvável que Benny Gantz, seu opositor e líder do partido de centro Azul e Branco, consiga unir todos os outros agentes do cenário político israelense e formar uma coalizão.

Enquanto Netanyahu e seus aliados elegeram 60 parlamentares, isso sem contar o partido de direita Israel Beiteinu, que com 7 cadeiras no Knesset também pode se juntar ao governo do atual Premier, Gantz elegeu apenas 38 prováveis membros de uma coalizão. Com 32 parlamentares eleitos em seu partido, considerado de centro, e 6 parlamentares eleitos pela coligação de partidos de esquerda, é impossível que Benny Gantz forme uma coalizão e um governo.

 

Esquerda no fundo do poço e a vitória dos partidos árabes

Depois de duas eleições sem conseguir resultados expressivos, parece mesmo que a esquerda israelense chegou ao fundo do poço e está esperando apenas que alguém decrete seu fim.

Com medo de ficar fora do Knesset, por não conseguirem obter ao menos 3,25% dos votos válidos e serem excluídos pela Cláusula de Desempenho, três partidos de esquerda formaram uma coligação. Mesmo assim, a sigla EMET, composta pelo tradicional partido Avodá de David Ben-Gurion, pelo partido Guesher e pelo partido de extrema esquerda Meretz, conseguiu apenas 6 cadeiras no parlamento israelense.

O General Yair Golan, um dos nomes fortes da esquerda israelense disse: “Ainda é preciso esperar pelos resultados oficiais, mas é óbvio que a esquerda precisará fazer uma autocrítica e pensar como seguir daqui em diante”.

Enquanto a esquerda lambe suas feridas, a coligação de partidos árabes comemora, mais uma vez, o resultado das eleições.

Tendo elegido 15 parlamentares, a sigla terá a terceira maior bancada do parlamento de Israel. Ayman Odeh, líder da coligação de partidos árabes, pode até se tornar líder da oposição em um improvável cenário em que o partido de Benny Gantz, faça parte da coalizão e do governo de Benjamin Netanyahu. Odeh, e Ahmad Tibi, outro importante nome da coligação de partidos árabes, já descartaram a união da sigla a uma coalizão liderada pelo Partido Azul e Branco de Gantz.

 

Novamente, o “coringa”

Se após a divulgação do resultado oficial das eleições Benjamin Netanyahu não conseguir eleger 61 parlamentares para formar sua coalizão, Avigdor Lieberman terá novamente o poder de decidir o futuro da política israelense. Tendo conseguido eleger 8 parlamentares, Lieberman, líder do Partido de extrema direita Israel Beiteinu, poderá desempatar e terá em sua manga, uma carta muito importante.

Os israelenses estão cansados de eleições, e todos sabem disso, até Benjamin Netanyahu e Avigador Lieberman. Desta vez, eles terão que acertar suas diferenças e se unir, do contrário, levarão Israel novamente às urnas.Para que essa união seja posssível, Netanyahu deverá dar a Lieberman, o que ele deseja ou seja: transporte público no Shabat, serviço militar obrigatório para todos, inclusive para os religiosos, e mais.

Durante a campanha, Avigdor Lieberman e os membros do seu partido falaram várias vezes que não permitirão novas eleições. “Nós vamos desempatar e decidir”, disse Lieberman. A nós, resta apenas esperar que estas sejam realmente, a última eleição deste ano em Israel.

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