Amos Ben-Gershom (GPO) (Amos Ben-Gershom/GPO)

Israel se une contra “lista negra” das ONU. Decisão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas promove o boicote a empresas israelense que atuam na Cisjordânia.

 

David Aghiarian, Unidos com Israel

Nesta quarta-feira (12), as diversas alas da política israelense se uniram contra uma decisão de Michelle Bachelet, Alta Comissária da Nações Unidas para os Direitos Humanos. Mais cedo, ela havia divulgado uma “lista negra” enumerando e recriminando 112 empresas por atuarem em comunidades judaicas na região da Cisjordânia.

A decisão, da ex-presidente do Chile e ex-líder do Partido Socialista Chileno, expõe 98 empresas israelenses e 18 empresas de outros países a sanções internacionais e a boicotes por, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, “haver uma grande chance de estarem ferindo os Direitos Humanos”.

“A decisão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas de mapear empresas em Israel é irrelevante. Aqueles que nos boicotarem serão boicotados”, disse o Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Ainda de acordo com Benjamin Netanyahu, o Conselho de Direitos Humanos da ONU é um órgão parcial e irrelevante. “Por isso, assim como fez o governo dos Estados Unidos, eu já determinei o desligamento de Israel desta organização”, escreveu ele em um post nas redes sociais.

A imposição do boicote e sanções contra Israel e aos judeus é uma das práticas mais antigas do antissemitismo.  Esta arma é usada movimento BDS que promover mundialmente o Boicote Desinvestimento e Sanções contra o Estado de Israel. Infelizmente, com esta decisão de Michelle Bachelet, as Nações Unidas de alinham claramente a este movimento antissemita e já condenado por países como os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido.

Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco e líder da oposição ao governo de Benjamin Netanyahu disse que este “é um dia obscuro para os Direitos Humanos”. Segundo ele, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas “perdeu qualquer ligação com a realidade”.

O presidente de Israel, Reuven Rivlin também criticou a “lista negra” das Nações Unidas e disse que aquelas empresas nela listadas receberão “total apoio da Presidência de Israel”. Entre estas empresas que segundo a ONU estariam ferindo os Direitos Humanos por atuarem na Cisjordânia estão o Airbnb, TriAdvisor, bancos, Cias. de telefonia e redes de supermercado.

Israel Katz, ministro israelense das Relações Exteriores, disse que as Nações Unidas “se curvaram vergonhosamente a organizações e países que desejam prejudicar o Estado de Israel”.  Segundo ele, isto aconteceu sem que a maioria dos países do mundo concordem com esta linha de intimidação ao Estado de Israel.

“Esta será para sempre uma mancha no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que se tornou um aliado do movimento que promove o boicote a Israel”, disse Katz.