Netanyahu em abril de 2018 ao apresentar ao mundo o "Projeto Amad" (Miriam Alster/Flash90) Netanyahu em abril de 2018 ao apresentar ao mundo o "Projeto Amad" (Miriam Alster/Flash90)

Há décadas responsável pelo programa nuclear iraniano, o cientista Mohsan Fakhrizadeh foi morto na cidade de Damavand, próximo a Teerã.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 27/07/2020

 

O cientista Mohsan Fakhrizadeh, considerado por muitos como o cérebro por trás do programa nuclear bélico iraniano e “pai da bomba atômica” do regime dos aiatolás, foi morto nesta sexta-feira (27).

Diretor do projeto nuclear bélico Amad e fundador da Organização de Pesquisa e Inovação Defensiva, SPNA na sigla em persa, Mohsan Fakhrizadeh foi morto à tiros enquanto dirigia seu veículo na cidade de Damavand, na província de Teerã. Ele estava acompanhado de seguranças e chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Aos 59 de idade, Fahrizadeh era membro da Guarda da Revolução Islâmica iraniana, órgão ao qual se uniu ainda na sua criação, em 1987.

Através das redes sociais, o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, acusou Israel de estar por trás do assassinato do cientista. Zarif pediu à comunidade internacional, especialmente à União Europeia, que condene a ação classificada por ele como “terrorista”.

“Hoje, terroristas assassinaram um proeminente cientista iraniano. Essa covardia, com sérios indícios do envolvimento israelense, é a demonstração de uma desesperada guerra de perpetradores”, escreveu Zarif.

Retuitado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o jornalista israelense Yossi Melman, disse que Mohsan Fakhrizadeh, era há anos, um dos alvos do Mossad. Em 2018, o Primeiro-ministro Israelense Benjamin Netanyahu divulgou a foto do cientista durante uma coletiva de imprensa na qual apresentou ao mundo, provas da existência do projeto Amad.

“Lembrem este nome disse, Fahrizadeh”, disse Benjamin Netanyahu em abril de 2018.

 

 

 

O governo israelense não se pronunciou sobre a morte de Mohsen Fakhrizadeh.