A delegação de líberes muçulmanos europeus é liderada pelo Imã francês Hassem Chalghoumi, conhecido como o “Imã dos judeus”.
Unidos com Israel
O presidente israelense Reuven Rivlin, se encontrou neste domingo com uma delegação de líderes muçulmanos da França e da Bélgica que estão visitando Israel. O encontro aconteceu na residência oficial do presidente de Israel em Jerusalém.
“O judaísmo nunca esteve em guerra com o islã. O judaísmo e o islamismo são irmãos, e devemos tratar uns aos outros desta forma”, disse o presidente de Israel.
A delegação de líderes muçulmanos é liderada pelo Imã Hassen Chalghoumi, um líder muçulmano famoso na França por defender o respeito a outras religiões e condenar o extremismo islâmico. Hassen Chalghoumi é o Imã da mesquita de Drancy, na região de Saint-Denis.
Hassen Chalghoumi é um aliado da comunidade judaica francesa na luta pela coexistência. Por isso, seus opositores o apelidaram de “O Imã dos judeus”.
No encontro, Chalghoumi disse: “Recentemente na Europa, pessoas estão sendo mortas simplesmente por serem judias. Em um supermercado kasher na Bélgica, pessoas inocentes foram assassinadas por serem judias. Esta delegação representa a esperança, a necessidade e a possibilidade de criarmos laços e confiarmos uns nos outros.”
O Imã dos judeus disse ainda que a religião dos muçulmanos não é o problema, mas que o “islamismo político, é o responsável por criar conflitos entre judeus e muçulmanos.” Segundo ele, “estados como o Irã, Qatar e a Turquia, patrocinam o ódio através do Hamas e do Hezbollah. Isto não é religião, é o islamismo político e devemos combatê-lo.”
Ele aproveitou ainda para dizer ao presidente israelense, Reuven Rivlin, que o grupo estava rezando pela saúde da Primeira-dama de Israel, Necháma Rivlin, que morreu no último dia 4 de junho.
Rivlin agradeceu e disse que “moderação, seja ela religiosa, nacionalista ou cultural, é o verdadeiro caminho para atingir o coração das pessoas.”
Uma jovem belga, integrante da delegação de muçulmanos, se dirigiu ao presidente de Israel e disse: “Antes de estar aqui, eu tinha uma imagem terrível de Israel. Eu via israelenses como terroristas e assassinos. Tocou meu coração ver como pessoas de tantas religiões diferentes vivem juntas em paz, apesar das dificuldades históricas. Esta é uma aventura que está mudando completamente a minha percepção. Eu apoiava o BDS e o boicote a Israel, hoje eu posso dizer com sinceridade que minha opinião mudou. Israel tem o direito de existir.”