Referindo-se ao atentado contra o navio Mercer Street o premier Naftali Bennett disse ainda que o Irã “sabe o preço a ser pago pela ameaça a segurança de Israel”.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 03/08/2021
Nesta terça-feira (3), durante visita ao Comando Norte das Forças de Defesa de Israel o primeiro-ministro Naftali Bennett referiu-se novamente ao atentado ao navio Mercer Street. A embarcação, é administrada pela empresa Zodiac Maritime do empresário israelense Eyal Ofer.
Bennett disse que após o ataque ao navio Israel apresentou aos Estados Unidos e ao Reino Unido provas do envolvimento do regime iraniano na ação que resultou na morte de dois civis inocentes, um britânico e um romeno.
“Ainda que não houvesse dúvidas, nós apresentamos provas concretas só para garantir”, disse Bennett.
No domingo, o Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, e o Secretário de Estado dos Estados Unidos emitiram notas colocando-se ao lado de lado Israel. Ambos prometeram trabalhar juntos em uma resposta a agressão iraniana.
“O Irã sabe o preço que cobramos quando alguém ameaça nossa segurança. O regime iraniano precisa entender que não pode viver em paz em Teerã e de lá colocar fogo em todo o Oriente Médio. Isso acabou”, disse Naftali Bennett.
Ainda nesta terça-feira o Primeiro-ministro de Israel criticou a União Europeia por enviar um diplomata para prestigiar a posse do novo Presidente do Irã, Ebrahim Raisi. Horas antes, a chancelaria israelense havia emitido uma nota classificando a decisão do bloco europeu como um “erro de discernimento”.
“Raisi é o presidente mais extremista da história do Irã, e olha que a competição é dura. Eu tenho uma mensagem para a União Europeia: não se pode falar em Direitos Humanos e ao mesmo tempo honrar um assassino, um carrasco, um homem que eliminou centenas de pessoas que se opuseram ao regime”, disse Bennett.
Ebrahim Raisi assumiu hoje a presidência do Irã ao substituir Hassan Rouhani. Em janeiro deste ano, a eleição dele foi condenada pela Anistia Internacional. À época, a Secretária-geral da instituição, Agnes Callamard, disse que Raisi deveria ser “investigado por crimes contra a humanidade”.