Há poucos dias no cargo de Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid lamentou a morte de Shireen Abu Akleh e defendeu a liberdade de imprensa.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 05/07/2022
O Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, falou nesta segunda-feira (04) sobre a morte da jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh. Isto, após a afirmação da Secretaria de Estados dos Estados Unidos de que é impossível identificar o autor do disparo que matou a correspondente da rede Al Jazeera.
Yair Lapid está há poucos dias no cargo de Primeiro-ministro e no dia da morte de Shireen Abu Akleh exercia a função de Ministro das Relações Exteriores de Israel, que hoje acumula.
Leia a seguir a íntegra da nota divulgada pelo Gabinete do Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid:
“As Forças de Defesa de Israel (IDF) continuarão a lutar contra o terror aonde e quando necessário. O inquérito conduzido IDF não pôde identificar o responsável pela trágica morte da jornalista Shireen Abu Akleh, mas foi capaz de determinar de maneira conclusiva, que não houve intenção de lesioná-la. Israel lamenta a sua morte.
Tragicamente, nos últimos anos, centenas de jornalistas foram mortos em zonas de combate por todo o mundo. O Estado de Israel reconhece a importância da liberdade de imprensa e da defesa de jornalistas no exercício de suas funções.
Como Primeiro-ministro de Israel, manifesto meu total e inequívoco apoio aos soldados das Forças de Defesa de Israel, que arriscam suas vidas para defender os cidadãos israelenses do terrorismo e que trabalham dia e noite, em prol da segurança nacional”.
O caso Shireen Abu Akleh
A jornalista Shireen Abu Akleh morreu no dia 11 de maio deste ano, vítima de uma bala perdida, enquanto fazia a cobertura de um confronto entre soldados do IDF e terroristas palestinos na cidade árabe de Jenin. Isto, durante uma onda de atentados terroristas realizados por palestinos que cobraram a morte de 19 pessoas em Israel. Entre eles, 16 civis israelenses, dois cidadãos da Ucrânia e um da Moldávia.
Imediatamente após a morte da jornalista a rede Al Jazeera, conglomerado de mídia do Catar, acusou Israel pelo seu assassinato e esta posição foi logo adotada também pela Autoridade Palestina.
Acusado sem provas pelo assassinato de Shiren Abu Akleh, o governo israelense solicitou a instauração de uma investigação conjunta aos palestinos e propôs que esta fosse acompanhada por terceiros. Além disso, o IDF instaurou uma apuração interna que determinou que o disparo presumivelmente partiu da arma de um de seus soldados. Esta, foi também identificada, com base na trajetória do disparo que matou a jornalista e na posição das forças israelenses.
Mas para que se chegasse a uma conclusão irrefutável e capaz de identificar o autor do disparo que matou Abu Akleh era necessário ainda que fosse realizada uma autópsia independente no corpo da jornalista e que o projétil que a matou fosse submetido a uma análise forense e balística. Afinal, o médico legista palestino Dr. Rian al Ali, que examinou o cadáver de Shireen Abu Akleh, chegou à conclusão de que era “impossível determinar o autor do disparo”.
Com o corpo da jornalista da rede Al Jazeera sequestrado por terroristas após a sua morte, o resultado da autópsia pode, e deve, ter sido comprometido. Este fato, tornou a análise balística do projétil ainda mais essencial para a definição do autor do disparo que a matou.
Porém, apesar de fundamental a análise balística, a Autoridade Palestina a estava impedindo, negando-se perseverantemente a entregar o projétil que matou Shireen Abu Akleh para análise. Isto, só aconteceu na semana passada, após enorme pressão de Washington, e quase dois meses após a morte da jornalista.
Quando finalmente aconteceu a análise em questão, defendida por Israel, os especialistas identificaram que o projétil havia sido “bastante danificado”, impedindo assim, “uma conclusão clara”.
Nesta segunda-feira, o Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, lamentou a morte da jornalista Shireen Abu Akleh, e defendeu a liberdade e segurança da imprensa.