Rabino-chefe de Moscou, Pinchas Goldschmidt (screenshot) Rabino-chefe de Moscou, Pinchas Goldschmidt (screenshot)

Na mira do Kremlin o rabino Pinchas Goldschmidt teve de fugir para Israel por negar-se a apoiar invasão da Ucrânia pela Rússia.


Por Unidos com Israel

Jerusalém, 03/07/2023

 

 

O Rabino-chefe da cidade de Moscou, Pinchas Goldschmidt, foi classificado como um “agente estrangeiro” pelo Ministério da Justiça da Rússia. O termo tem conotação negativa, remete ao período soviético e é usado pelas autoridades russas para assinalar indivíduos ou organizações hostis ao Kremlin.

“Goldschmidt divulgou informações falsas sobre as informações tomadas pelas autoridades públicas da Federação da Rússia e suas políticas”, diz a decisão que classificou o agora ex-Rabino-chefe de Moscou como um inimigo do Kremlin.

Hoje exilado em Israel para onde fugiu após negar-se a apoiar publicamente a invasão da Ucrânia pela Rússia o rabino Pinchas Goldschmidt esteve à frente da comunidade judaica de Moscou por quase três décadas, de 1993 a 2022. Ele dirigia os serviços religiosos da Sinagoga Coral de Moscou e é o atual Presidente do Conselho de Rabinos da Europa.

Em uma entrevista para a rede de notícias israelense KAN o rabino Pinchas Goldschmidt falou sobre sua posição em relação a invasão da Ucrânia pela Rússia. Segundo ele, esta é uma “guerra sem fundamento”.

“Todos os membros e líderes da comunidade judaica instituíram que nós não podíamos apoiar esta guerra. Esta é uma guerra sem fundamento”, disse o ex-Rabino de Moscou.

Goldschmidt disse acreditar ainda que sua classificação como um “agente estrangeiro” pelo Kremlin pode haver sido motivada pela posição pró-Kiev adotada por Jerusalém. Segundo ele, sob o comando de Benjamin Netanyahu o governo de Israel vem se aliando à Ucrânia.

O ex-Rabino-chefe de Moscou reiterou ainda que foi pressionado pelas autoridades russas a apoiar publicamente a “operação especial” de Vladimir Putin. Segundo ele, de um dia para o outro a situação política da Rússia mudou do que parecia ser uma democracia para uma ditadura.

“Esta nova ordem da Rússia teve início logo após o início da guerra e provocou o fechamento e isolamento da nação. (A Rússia) é hoje um país que abomina tudo o que é estrangeiro”, disse ele.

O rabino que por quase 30 anos esteve a frente da principal comunidade de Moscou disse que não há futuro para os judeus na Rússia.

“Lentamente a cortina de ferro está novamente se fechando. Nós temos medo de que um dia ela volte a se fechar completamente”, disse o rabino Goldschmidt.

Mais de 100 mil judeus deixaram a Rússia desde o início da guerra entre o país e a Ucrânia. Muitos destes, encontraram refúgio em Israel onde o ex-Rabino-chefe de Moscou hoje trabalha para facilitar sua absorção pela sociedade israelense.

 

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