“Quando a poeira baixar, ficará claro que a economia israelense é muito forte”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após advertência da agência de classificação de risco Morgan e Stanley.
Por Unidos com Israel, Gil Tanenbaum/TPS e Calcalist
O Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o Ministro da Fazenda, Bezalel Smotrich, disseram não estar preocupados com a reação do mercado à aprovação da “Lei da Razoabilidade”, primeiro passo da controversa reforma judicial proposta pelo governo israelense. Imediatamente após a aprovação da legislação, agências de classificação de risco internacional emitiram alertas relacionados a possibilidade de instabilidade da economia israelense.
“Quando a poeira baixar, ficará claro que a economia israelense é muito forte”, disseram Netanyahu e Smotrich em um comunicado emitido por Jerusalém.
Os políticos afirmaram que as indústrias de defesa de Israel, um dos carros-chefes da economia, “estão cheias de encomendas”. Eles lembraram ainda que Israel já está produzindo gás natural e que aumentará as exportações do recurso para a União Europeia.
Além dos contratos de exploração de gás já aprovados e sendo executados, os ministros lembraram disseram que há 7 grandes empresas disputando licitações para dar início a mais projetos de exploração de gás natural em bacias da costa israelense. Segundo eles, apenas estes novos contratos atrairão bilhões para a economia local.
Tentando acalmar os ânimos do mercado internacional, que derrubou a Bolsa de Tel Aviv e provocou a desvalorização do shekel israelense, Benjamin Netanyahu mencionou ainda o recente comunicado de que a Intel investirá 25 bilhões de dólares em Israel. Ele também citou a empresa Nvidia que está construindo um supercomputador no país.
“A economia israelense tem bases sólidas e continuará a crescer sob a supervisão de uma liderança experiente que opera através de uma política econômica responsável”, diz o comunicado emitido por Jerusalém.
Na terça-feira a agência de avaliação de risco internacional Morgan & Stanley reduziu a classificação da economia israelense logo após a aprovação do projeto de “Lei da Razoabilidade”. Isto, citando a “incerteza” do momento político em Israel.
Outra agência de notas de crédito internacional, a Moody´s também emitiu um alerta em torno da economia israelense que segundo a agência pode ser afetada pela tensão política e social gerada pela possibilidade de uma reforma judicial.
“Agora é provável que os mercados extrapolem o caminho futuro da política e movemos o crédito soberano de Israel para uma ‘postura antipática’.”