Enquanto espera que as vacinas surtam o efeito esperado, Israel optou mais uma vez pelo lockdown para conter o avanço do vírus chinês.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 26/12/2020

 

A partir das 17h deste domingo, Israel estará novamente em lockdown. Por aqui, apesar de controverso, este sombrio método de controle dos índices da pandemia, que restringe a liberdade dos cidadãos em um país livre e democrático, já mostrou sua eficácia em duas outras oportunidades.

Assim, pela terceira vez durante esta pandemia, o comércio será fechado e a população confinada a um perímetro de 1km de suas casas. Exceções a esta última regra permitirão a ida ao trabalho, a saída para ir ao mercado, farmácias, óticas, correio, banco, tribunais e demais atividades essenciais, além da prática de atividades físicas ao ar livre. Os israelenses poderão também, claro, deixar suas casas para ir ao médico ou receber qualquer outra forma de tratamento médico.

Fechados ao público, os bares e restaurantes apenas poderão oferecer o serviço de entrega, assim como as demais lojas e redes de varejo. Shoppings centers, academias de ginástica, teatros, cinemas, museus, parques nacionais e qualquer outra forma de entretenimento permanecerão fechados.

A rede de ensino continuará funcionando à distância e apenas as crianças menores, do jardim de infância ao 9° ano do ensino fundamental, terão aulas presenciais. Isto nas cidades classificadas como verdes ou amarelas. Nas demais regiões do país, sejam elas laranjas ou vermelhas, apenas as crianças do jardim de infância ao 4° ano do ensino fundamental terão aulas presencias.

As sinagogas, igrejas, mesquitas e demais centros religiosos permanecerão fechados e os cultos, orações e missas apenas poderão acontecer ao livre. As aglomerações por sua vez, tidas como as principais vilãs desta pandemia, serão limitadas a 20 pessoas ao ar livre e 10 pessoas em ambientes fechados.

Estas e as demais medidas de confinamentos adotadas pelo governo de emergência e união nacional, que ruiu há pouco mais de uma semana, serão válidas pelo período de duas semanas. Mesmo assim, infelizmente, já se fala na prorrogação destes decretos que em um Estado Democrático de Direito, cerceiam a liberdade humana e violam direitos básicos.

Com pouco mais de 9 milhões de habitantes, Israel já registrou 401.197 casos de covid-19 desde o início da pandemia e todos os dias, mais casos são confirmados pelas autoridades sanitárias locais. Hoje o país tem 34.366 casos ativos de coronavírus dentre os quais, 585 pacientes em estado grave. Ao todo, 3.225 israelenses perderam suas vidas para o vírus chinês.

Diante destas cifras, segundo as autoridades, não restava outra opção senão privar os cidadãos de suas liberdades, esperamos que pela última vez.