Meses antes de deixar o cargo de Promotora Geral do Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensouda decide pela abertura de uma investigação que irá apurar supostos crimes de guerra praticados por Israel.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 03/03/2021
A Promotora Geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Fatou Bensouda, anunciou na tarde desta quarta-feira (3), que abrirá uma investigação para apurar supostos crimes de guerra cometidos por Israel em sua capital, Jerusalém, e nas regiões da Judéia, Samaria e Faixa de Gaza.
Acionada em 2015 pelo Autoridade Palestina, um órgão internacional que não goza da condição de Estado ou país, e em uma tentativa de encobrir seu viés ideológico e militância, Fatou Bensouda decidiu investigar também as ações do grupo terrorista Hamas. Isto, após ver sua sede por poder ser saciada por uma decisão do próprio Tribunal Penal Internacional que em fevereiro deste ano, embriagado pelo ativismo judicial, criou De Facto o Estado da Palestina para assim ampliar seus próprios poderes e relevância.
“A decisão de abrir uma investigação foi tomada após a realização de um meticuloso exame preliminar por parte do meu gabinete, que durou cerca de cinco anos”, disse Fatou Bensouda em um comunicado.
Ironicamente, a decisão da promotoria do TPI irá concentrar os esforços das investigações nos supostos crimes de guerra cometidos por Israel a partir da operação Barreira Protetora. Esta operação, posteriormente classificada como uma guerra, começou após o sequestro e assassinato de três adolescentes judeus e israelenses, por terroristas do grupo Hamas.
Em 12 de junho de 2014, Eyal Yifrah de 19 anos, Naftali Frenkel e Gilad Shaer, ambos com 16 anos de idade, foram sequestrados quando esperavam por um ônibus na região da Judéia e Samaria, mais precisamente, próximo à comunidade de Alon Shvut. Horas após o sequestro, as Forças de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês, deflagaram uma operação com o objetivo de resgatar os adolescentes que só foram encontrados, já sem vida, no dia 30 de junho.
“No final, nossa preocupação central deve ser pelas vítimas, tanto palestinos quanto israelenses, dos crimes decorrentes do longo ciclo de violência e insegurança que tem causado profundo sofrimento e desespero em todas as partes”, disse Bensouda.
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