Zebulun Simantov, o último judeu do Afeganistão (screenshot/Youtube) Zebulun Simantov, o último judeu do Afeganistão (screenshot/Youtube)

Simantov diz não ter medo do Talibã, de quem já foi prisioneiro, mas o fortalecimento de outros grupos terroristas como o Estado Islâmico preocuparam o último judeu do Afeganistão.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 09/09/2021

 

O último membro da comunidade judaica do Afeganistão, Zebulun Simantov, finalmente deixou o país. Resgatado graças a ajuda do rabino americano Moshe Margaretten e do empresário Moti Kahana, o último judeu do Afeganistão deixou Cabul junto a outras 30 pessoas e está a caminho dos Estados Unidos.

Natural da cidade de Herat, no oeste do Afeganistão, Zebulun Simantov tem hoje 62 anos de idade. Ele ganhou a vida vendendo tapetes, mas perdeu tudo com a chegada do Talibã ao poder na década de 90.

Simantov foi casado e teve duas filhas. A família imigrou pra Israel nos anos 90, mas ele decidiu voltar ao Afeganistão. Desde então, ele se recusa a divorciar-se de sua esposa segunda a tradição judaica, o que é uma ofensa a legislação israelense.

Responsável pelo resgate de Simantov, o empresário Moti Kahana disse persuadiu o último judeu do Afeganistão a conceder o divórcio à sua esposa e que a papelada já está pronta para ser assinada. Esta, parece ter sido uma das condições para que o resgate fosse arquitetado.

Após ter sua casa destruída pelos terroristas do Talibã, Zebulun Simantov mudou-se para a última sinagoga do Afeganistão, na capital Cabul. Ele então passou a dividir a o prédio com Ishaq Levy, um outro judeu, que morreu em 2005, aos 80 anos de idade.

À época os últimos dois judeus do Afeganistão, Simantov e Levy não se davam bem e sua história inspirou uma peça de teatro.

Por anos a fio Zebulun Simantov se recusou a deixar o Afeganistão, mesmo depois de ser preso diversas vezes pelos Talibãs, que o consideram um infiel e tentaram convertê-lo ao islamismo. Ele abriu um pequeno restaurante em Cabul e passou a ganhar a vida vendendo espetinhos de carne, que são conhecidos no Oriente Médio como Kebabs.

Após ficar famoso graças ao título de “último judeu do Afeganistão”, Zebulun Simantov passou a cobrar por entrevistas e para abrir a sinagoga e sua casa para repórteres de todo o mundo. Dessa forma, ele conseguia manter a sinagoga e até reformou parte do prédio histórico.

Mesmo após a retirada das tropas americanas do Afeganistão, o teimoso Simantov disse que permaneceria no país ao lado de seus “irmãos afegãos”. Mas, foi convencido por amigos e vizinhos a fugir diante do fortalecimento de grupos terroristas ainda piores do que o Talibã, como o Estado Islâmico por exemplo.

“Acho que seus vizinhos o fizeram mudar de ideia quando disseram: ‘fuja e leve nossos filhos com você pois aqui eles estão em perigo’”, disse Moti Kahana a rede de televisão israelense KAN.

Moti disse ainda que Zebulun o contatou e disse: “salve a minha vida, me tire daqui”.  Ele também pediu que outras 30 pessoas também fossem resgatadas, em sua maioria mulheres e crianças, esposas e filhos de seus vizinhos e amigos mais próximos.

“Foi isso que fizemos”, disse Kahana.

Foram necessários 5 dias para que o ônibus que resgatou Simantov e seus amigos chegasse de Cabul à fronteira do Afeganistão com “um país vizinho”. De lá, Simantov seguirá para os Estados Unidos, onde deve permanecer temporariamente.

 

 

 

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