BriLife, a vacina israelense contra o coronavírus (Foto: Ministério da Defesa de Israel e Instituto de Pesquisas Biológicas de Israel/Caption/Social Media) BriLife, a vacina israelense contra o coronavírus (Foto: Ministério da Defesa de Israel e Instituto de Pesquisas Biológicas de Israel/Caption/Social Media)

Ao todo, 25.000 doses da vacina israelense contra o coronavírus foram produzidas para serem testadas em seres humanos.

 

Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 25/10/2020

 

O Instituto de Pesquisas Biológicas de Israel anunciou na noite deste domingo (25), que começará a testar sua versão (BriLife) da vacina contra o coronavírus no próximo domingo, 1 de novembro de 2020. Isto, aproximadamente 8 meses após importar amostras do vírus chinês e dar início a uma corrida contra o tempo. Ligado diretamente ao Ministério da Defesa de Israel, o instituto fica localizado na cidade de Ness Ziona e é comandado pelo Dr. Shmuel Shapira.

O anúncio, sobre o início da primeira das três fases de testes em seres humanos da vacina israelense, foi feito depois que o Instituto de Pesquisas Biológicas de Ness Ziona recebeu luz verde do Ministério da Saúde de Israel e do Comitê Helsinki. Com 20 membros e sede no Hospital Hillel Yaffe, na cidade de Hedera no norte de Israel, este comitê é responsável pela aprovação de pesquisas e experimentos em seres humanos.

“Um momento histórico: a vacina do Instituto de Pesquisas Biológicas está a caminho”, diz uma nota divulgada pela instituição que produziu 25.000 doses de sua versão da vacina contra o coronavírus.

Ainda de acordo com a instituição, a vacina israelense contra o coronavírus já passou por uma fase de ensaios pré-clínicos que comprovaram sua segurança e eficácia.

A vacina desenvolvida pelos pesquisadores israelenses será submetida a três fases de testes em seres humanos. A primeira, como já dissemos, começará no próximo domingo no Shebba Medical Center, um dos 10 melhores hospitais do mundo segundo a revista Newsweek. Além disso, a vacina também será testada no hospital Hadassah Ein Keren em Jerusalém.

Para a primeira fase de testes foram convocados 80 voluntários sadios com idades entre 18 e 55 anos. Cada um deles receberá uma dose da vacina e depois de um período de observação, receberá alta e será monitorado por um período de três semanas. Durante este período, os pesquisadores avaliarão se haverá efeitos colaterais e se os voluntários criaram anticorpos capazes de anular o vírus chinês.

Em dezembro, se constatado o sucesso do medicamento durante a primeira fase de testes, a vacina será aplicada em outros 960 voluntários em diversos centros clínicos de Israel. Todos sadios e com mais de 18 anos de idade.

A terceira e última fase de testes em seres humanos, programada para começar entre os meses de abril e maio do ano que vem, contará com a participação de até 30.000 voluntários. Além de ser testada em Israel, durante esta fase a vacina será submetida à estudos clínicos também no exterior.

“Eu confio na nossa vacina, em sua capacidade e naquela dos pesquisadores do instituto. Eu estou convencido de que criamos uma vacina muito boa, eficaz e segura”, disse o Dr. Shapira, Diretor do Instituto de Pesquisas Biológicas de Ness Ziona.