“Palavras não fazem com que centrífugas nucleares parem de girar”, disse Naftali Bennett em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 29/09/2021
Além de condenar a polarização política e manifestar-se contra o lockdown, o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, dedicou grande parte de seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas ao Irã, seu novo presidente, programa nuclear e agenda terrorista.
Falando com assertividade em um inglês rebuscado, de quem viveu por anos nos Estados Unidos, Bennett disse que Israel está cercado por grupos terroristas como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina. Além disso, ele mencionou o grupo terrorista libanês Hezbollah e as milícias xiitas na Síria.
Todos estes grupos terroristas, segundo o premier israelense, desejam dominar o Oriente Médio e disseminar o extremismo islâmico para o mundo.
“O que estes grupos têm em comum? Eles desejam a destruição do meu país e são apoiados pelo Irã. São financiados pelo Irã, treinados pelo Irã, e armados pelo Irã”, disse Bennett.
Bennett disse que o objetivo final do regime dos aiatolás é dominar o Oriente Médio e o programa nuclear iraniano é a chave do expansionismo islâmico extremista.
“Durante as últimas três décadas o Irã vem disseminando carnificina e destruição por todo o Oriente Médio. País atrás de país, seja no Líbano, Iraque, Síria, Iêmen ou em Gaza”, disse ele.
“Vocês sabem o que estes lugares têm em comum?”, questionou o Primeiro-ministro de Israel, “eles estão desmoronando. Seus cidadãos estão passando fome e sofrendo. Suas economias estão em colapso”.
Bennett comparou o regime dos aiatolás à figura mitológica grega de Midas. “Todo lugar desmorona quando tocado pelo Irã”, disse ele alegando que se enganam aqueles que pensam que a política terrorista iraniana é apenas um problema de Israel.
O “Açougueiro de Teerã”
Em um momento no cenário internacional marcado pela volta dos Estados Unidos à mesa de negociações, o Primeiro-ministro de Israel usou a Assembleia Geral das Nações Unidas para lembrar ao mundo quem é Ebrahim Raisi, o novo presidente iraniano eleito pelo regime dos aiatolás.
Ex-Presidente do Poder Judiciário do Irã, Ebrahim Raisi é um islamista ultraconservador responsável pelo assassinato e desaparecimento de milhares de opositores do regime dos aiatolás. Pela sua participação nos “Comitês da Morte”, ele ficou conhecido como o “Açougueiro de Teerã”.
“Em 1988 o Irã criou o “Comitê da Morte” que ordenou o assassinato em massa de 5.000 ativistas políticos. Eles foram enforcados em guindastes. Este comitê da morte era formado por 4 pessoas e Ebrahim Raisi, o novo Presidente do Irã, foi uma delas. Ele também coordenou o assassinato de crianças iranianas. Seu apelido, “açougueiro de Teerã”, foi dado a ele exatamente por isso, porque ele assassinou seu próprio povo”, disse Bennett.
Diplomacia e o programa nuclear iraniano
De acordo com o Primeiro-ministro de Israel o programa nuclear iraniano é a chave para que o regime dos aiatolás possa continuar com sua política expansionista e com a disseminação do extremismo islâmico. Isto, por ser capaz de garantir a proteção do terrorismo contra o ocidente e seus aliados, na Ásia e Golfo Arábico.
Bennett disse que o Irã vem violando seu compromisso com a comunidade internacional há anos, ignorando e impedindo o trabalho de fiscais da Agência Internacional de Energia Atômica e desenvolvendo seu programa nuclear bélico.
“As evidências claras que comprovam a intenção do Irã de desenvolver armas nucleares nas instalações de Tookooz-abad, Teerã e Marivan estão sendo ignoradas. O programa nuclear iraniado atingiu um divisor de águas, assim como a nossa tolerância. Palavram não fazem com que centrífugas parem de girar”, disse o Primeiro-ministro de Israel ao pedir uma atitude da comunidade internacional.
Bennett, assim como Netanyahu fez por anos, disse que Israel não permitirá que o Irã obtenha armas nucleares.
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