(Nasser Ishtayeh/Flash90) (Nasser Ishtayeh/Flash90)

Israel sobre recusa da AP em investigação patológica forense: “quem não tem o que esconder não deveria negar-se a cooperar”.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 12/05/2022

 

O Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, voltou a acusar Israel pelo que chamou de “assassinato” da jornalista Shireen Abu Akleh e negou-se a cooperar com a investigação post mortem proposta e defendida por Israel.

A jornalista Shireen Abu Akleh de 51 anos e que há mais de duas décadas trabalhava como correspondente da rede Al-Jazeera em Israel foi morta na manhã desta quarta-feira na cidade árabe de Jenin. Ela foi vítima de uma bala perdida durante um confronto entre soldados israelenses e terroristas palestinos.

“Nós responsabilizamos Israel incondicionalmente pelo assassinato de Shireen Abu Akleh. Este crime não passará sem consequências. Recusamos e recusaremos a realização de uma investigação conjunta com as autoridades israelenses, pois são elas as responsáveis por este crime”, disse o Presidente da Autoridade Palestina.

As declarações de Mahmoud Abbas, ou Abu Mazen como é conhecido, foram feitas durante o velório da jornalista da Al-Jazeera que ocorreu na manhã desta quinta-feira (12) em Ramallah. Estiveram presentes políticos palestinos, autoridades religiosas e milhares de pessoas que acompanharam Abu Akleh até sua última morada, em um cemitério de Jerusalém.

A Autoridade Palestina nega-se ainda a autorizar que as autoridades israelenses tenham acesso ao projétil encontrada no corpo da jornalista. Isto, como reafirmado pelo ministro palestino Hussein al-Sheikh.

“Israel requisitou uma investigação conjunta e acesso à bala que assassinou a jornalista Shireen, nos negamos e afirmamos que nossa investigação será completamente independente”, tuitou al-Sheikh.

Mas apesar da promessa palestina de uma investigação independente diversas autoridades, políticos e o próprio Mahmoud Abbas não esperaram sequer que o corpo da jornalista chegasse ontem ao necrotério da Universidade An-Najah, em Nablus, para culpar Israel.

 

Legista palestino disse não ser capaz de afirmar se o disparo que matou Abu Akleh foi feito por soldados israelenses

 

Ontem à tarde o corpo de Shireen Abu Akleh foi submetido a uma autópsia realizada por equipes médicas da Universidade An-Najah. Após a análise o médico legista que a examinou, Dr. Rian al-Ali, disse que sua equipe não pode determinar se o tiro que matou a jornalista partiu da arma de um soldado israelense ou daquela de um terrorista palestino. Isto, quando questionado por uma jornalista palestina durante uma coletiva de imprensa.

“Existe alguma prova cabal de que o disparo tenha sido feito pelo exército israelense”, questionou a jornalista.

“Ainda não podemos responder a esta pergunta por que a equipe de legistas no laboratório precisa analisar as provas para se chegar a uma conclusão”, disse al-Ali.

 

“Quem não tem o que esconder não deveria se negar a cooperar”.

 

Israel, acusado sem provas pelo assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh, voltou hoje a exigir que uma investigação post mortem conjunta fosse realizada.

“A Autoridade Palestina está impedindo a realização de qualquer investigação conjunta ou o simples acesso às provas mais básicas, necessárias para se chegar à verdade. Eu volto a reiterar meu interesse por uma cooperação direta e transparente”, disse o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett.

O premier israelense disse ainda esperar que a Autoridade Palestina não tome atitudes que possam embaraçar as investigações.

 


Ainda hoje pela manhã, após a nova recusa da Autoridade Palestina na realização de uma investigação patológica forense autoridades israelenses disseram que aqueles “que não tem o que esconder não deveriam negar-se a cooperar”.

Logo após a morte da jornalista da rede Al-Jazeera o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, e o Ministro da Defesa, Benny Gantz, entraram em contato com autoridades palestinas e pediram que fosse realizada uma investigação post mortem conjunta, com a participação de representantes apontados tanto por Ramallah quanto por Jerusalém.

“Nós oferecemos aos palestinos que fosse instaurado um inquérito patológico conjunto para apurar a triste morte da jornalista Shireen Abu Akleh. Jornalistas devem ser protegidos em zonas de conflito e temos o dever de chegar à verdade”, disse o chanceler israelense.

Yair Lapid disse ainda que Israel “continuará agindo onde quer que seja necessário”, contra o terrorismo e para impedir o assassinato de israelenses.

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