Avishag Shaar-Yashuv, GPO Avishag Shaar-Yashuv, GPO

“Enquanto houver os Estados Unidos o Estado de Israel nunca estará sozinho”, disse Biden.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Jerusalém, 14/07/2022

 

Após reunirem-se na manhã desta quinta-feira (14) no hotel Waldorf Astoria, em Jerusalém, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, assinaram um acordo que estimula a parceria e a cooperação estratégica entre seus países. O acordo, foi chamado de “Declaração de Jerusalém”.

“A declaração de Jerusalém é um documento histórico que reúne os princípios da especial aliança que existe entre Israel e os Estados Unidos, reconhece os valores comuns às duas nações e abre caminho para o futuro das relações entre os dois países”, diz uma nota divulgada pelo gabinete do premier israelense.

 

Irã e terrorismo islâmico

 

Em termos práticos, através da “Declaração de Jerusalém” o presidente Joe Biden reafirma, entre outras coisas, o comprometimento dos Estados Unidos com a segurança do Estado Judeu e superioridade militar das Forças de Defesa de Israel. O documento estipula por exemplo, que Washington e Jerusalém usarão “todos os meios à sua disposição” para impedir que o Irã obtenha armas nucleares.

Ainda na área da segurança, a declaração afirma que a administração Biden trabalhará pela implementação de um Memorando de Entendimento assinado em 2016 pelos Estados Unidos e Israel. Este, versa sobre um auxílio militar cedido por Washington a Jerusalém no valor de 38 bilhões e destinado a “prover soluções para desafios presentes e futuros na área da defesa”.

“Enquanto houver os Estados Unidos o Estado de Israel nunca estará sozinho”, disse Biden.

 

Oriente Médio

 

Apesar de não mencionar os Acordos de Abrãao, herança da era Trump, a Declaração de Jerusalém reafirma o comprometimento dos Estados Unidos com a “integração regional de Israel no Oriente Médio. Em outros termos, Biden diz que Washington trabalhará para que mais países normalizem suas relações com Jerusalém, assim como fizeram os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos.

O documento menciona explicitamente a Arábia Saudita, próxima parada do presidente americano em sua visita ao Oriente Médio e país que há anos é visto como candidato a normalizar suas relações com Jerusalém.

A Declaração de Jerusalém reafirma ainda a importância da Cúpula do Negev para a paz e estabilidade do Oriente Médio.

 

Antissemitismo

 

A Declaração de Jerusalém versa ainda sobre o comprometimento das duas nações, Israel e Estados Unidos, com o combate ao antissemitismo. Isto, além de reconhecer o crescimento do movimento intolerante que discrimina, hostiliza e ameaça judeus e suas comunidades em todo o mundo.

O documento estipula ainda que Washington e Jerusalém trabalharão juntos, de maneira firme, no combate ao BDS, movimento internacional que promove o boicote, desinvestimentos e a implementação de sanções ao Estado de Israel.

A luta contra o movimento que promove a deslegitimação de Israel em fóruns internacionais como as Nações Unidas e o Tribunal Penal de Haia também foi estabelecido como uma das metas da parceria entre os Estados Unidos e Israel.

 

Programa de Isenção de Vistos

 

Por fim, a Declaração de Jerusalém afirma que o presidente Biden e o primeiro-ministro Lapid irão se dedicar a inclusão de Israel no Programa de Isenção de Vistos.