De acordo com Mohammad Shtayyeh, a liderança palestina considera “rever os laços com a Liga Árabe” em função do acordo de paz firmado entre Israel, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 15/09/2020
Nesta segunda-feira, durante uma reunião da cúpula da Autoridade Palestina, o Primeiro-ministro da instituição, Mohammad Shtayyeh, disse que o dia da assinatura do acordo de paz entre o Estado de Israel e os reinos do Bahrein e dos Emirados Árabes Unidos é “um dia negro na história da nação árabe”. Isto, de acordo com a rede de notícias palestina WAFA.
De acordo com Shtayyeh, esta terça-feira, 15 de setembro de 2020, será “adicionada ao calendário palestino como um dia de dor e ao calendário árabe, como dia de derrotas por desferir um golpe mortal na Iniciativa de Paz Árabe e na solidariedade muçulmana”.
Membro do Comitê Central do Fatah desde 2009 e ocupando o cargo de Primeiro-ministro desde março do ano passado, Mohammad Shtayyeh convocou os países árabes a boicotarem a cerimônia que marcará o reconhecimento de Israel pelo Bahrein e os Emirados Árabes, países que decidiram normalizar suas relações diplomáticas, turísticas e comerciais com Jerusalém.
Shtayyed disse ainda, que a liderança da Autoridade Palestina está considerando propor ao presidente, Mahmoud Abbas, que “reveja as relações da Palestina com a Liga Árabe, que permanece calada diante violação de suas próprias resoluções”.
Ele apontou que o gabinete estava considerando recomendar que o presidente Mahmoud Abbas “revise as relações da Palestina com a Liga Árabe, que permanece calada sobre a flagrante violação de suas próprias resoluções”.
Para o líder palestino, a Liga Árabe é hoje o “símbolo da incapacidade árabe”. Fundada no Cairo em 1945, a organização dos estados árabes se negou na semana passada, a condenar o acordo de paz mediado pelos Estados Unidos e firmado entre o Estado de Israel, Bahrein e os Emirados Árabes. A proposta havia partido da própria liderança palestina e tentava minar a iniciativa de paz.
Mesmo sem o apoio da Liga Árabe, o grupo terrorista Hamas, a Autoridade Palestina e até a Turquia e o Irã, condenaram publicamente o tratado de paz que está sendo chamado de “Acordo de Abraão”.
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