Reuven Rivlin, Presidente de Israel, usou sua conta no Twitter para rebater a frase do Presidente do Brasil. “Não nunca perdoaremos ou esqueceremos” escreveu Rivlin. O “Yad Vashem”, Memorial do Holocausto em Jerusalém criticou a frase de Jair Bolsonaro.
Na última quinta-feira, 11 de abril, Jair Bolsonaro disse que “Podemos perdoar, mas não podemos esquecer” o Holocausto. A infeliz frase do Presidente do Brasil causou extremo desconforto e indignação na comunidade judaica local.
Em encontro com pastores evangélicos no Rio de Janeiro o Presidente do Brasil Jair Messias Bolsonaro disse: “Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer. E é minha essa frase: Quem esqueceu seu passado está condenado a não ter futuro. Se não queremos repetir a história que não foi boa, vamos evitar com ações e atos para que ela não se repita daquela forma.”
No sábado a noite, logo após o Shabat (dias sagrado para os judeus) o Presidente de Israel, Reuven Rivlin, usou sua conta no Twitter para rebater a frase de Bolsonaro sobre o Holocausto.
What Amalek did to us inscribed in our memory, the memory of an ancient people. We will always oppose those who deny the truth or those who wish to expunge our memory – not individuals or groups, not party leaders or prime ministers. We will never forgive and never forget
— Reuven Rivlin (@PresidentRuvi) April 13, 2019
Em um tweet, Rivlin escreveu: “O que Amalek fez para nós está escrito em nossa memória, a memória de um povo antigo. Nós sempre faremos oposição àqueles que negam a verdade ou àqueles que desejam eliminar nossa memória – indivíduos ou grupos, líderes partidários ou primeiros-ministros. Nós nunca perdoaremos ou esqueceremos.”
The Jewish people will always fight anti-Semitism and xenophobia. Political leaders are responsible for shaping the future. Historians describe the past and research what happened. Neither one should stray into the territory of the other
— Reuven Rivlin (@PresidentRuvi) April 13, 2019
Em um tweet segundo tweet, o Presidente de Israel escreveu ainda: “O povo judeu lutará sempre contra o antissemitismo e a xenofobia. Líderes políticos são responsáveis por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e pesquisam os acontecimentos. Nenhum deve entrar no território do outro.”
O “Yad Vashem”, Memorial do Holocausto em Jerusalém, mais importante e renomada instituição sobre o Holocausto no mundo, também rebateu a frase de Bolsonaro. A instituição se manifestou através de uma nota: ““Não concordamos com a afirmação do presidente brasileiro de que o Holocausto pode ser perdoado.” Não é o lugar de qualquer pessoa determinar quem e se os crimes do Holocausto podem ser perdoados. Desde a sua criação, o Yad Vashem trabalha para dar continuação à memória e o significado (do Holocausto) para o povo judeu e para a humanidade “.
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