Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid (Israel MFA/GPO) Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid (Israel MFA/GPO)

Receio é de que a Turquia, e principalmente a cidade de Istambul, sejam palco de um atentado iraniano contra alvos israelenses.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 13/06/2022

 

 

O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, pediu para que os cidadãos israelenses deixem imediatamente a Turquia.

“Eu peço aos israelenses para que não viagem a Istambul. Se não houver uma razão vital, não viagem para a Turquia. Se vocês estiverem em Istambul, voltem para Israel o quanto antes”, disse Lapid durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (13).

As declarações do chanceler israelense foram acompanhadas pela decisão da Agência de Segurança Nacional de Israel de elevar para o nível 4, o mais alto, o alerta para viagens à Turquia. Na semana passada, este alerta já havia sido elevado para o nível 3.

“Há um perigo real e imediato de assassinatos e sequestros”, denunciou o chanceler Yair Lapid acusando o Irã de planejar ataques contra alvos israelenses.

“Tenho uma mensagem para os iranianos: quem ferir israelenses pagará caro por isso, será perseguido, independente de onde estiver”, concluiu.

 

Escalada da tensão

 

O receio de que células terroristas ligadas às Forças Quds, do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã, estejam planejando ataques contra alvos israelenses em solo turco começaram a surgir após o assassinato do coronel iraniano Hassam Sayad Khodai em meados do mês passado. Desde então, Teerã vem fazendo diversas ameaças a Israel e oficiais ligados ao regime dos aiatolás prometeram vingar a morte de Khodai, que vem sendo atribuída ao Mossad.

Além do coronel Hassam Sayad Khodai, outros militares do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã e cientistas ligados ao programa nuclear de Teerã também apareceram mortos recentemente.

“O sionismo é claramente uma praga para o mundo islâmico”, disse o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em tuites carregados de ódio e antissemitismo.

A escalada do conflito entre Israel e o Irã acontece em paralelo a elevação das tensões entre Teerã e o mundo ocidental acerca do programa nuclear do regime dos aiatolás. Na semana passada por exemplo, a Agência Internacional de Energia Atômica aprovou por ampla maioria, uma resolução acusando o Irã por violações nucleares e falta de cooperação com o órgão regulatório internacional.

Ao todo, 30 dos 35 países que compõe o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica apoiaram a resolução proposta pelos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.

Também na semana passada, em retaliação ao ocidente, o Irã anuciou que havia desativado câmeras de monitoramento da Agência Nuclear de Energia Atômica. Segundo Teerã, novas e avançadas centrífugas nucleares seriam ainda instaladas na usina de Natanz.