Haim Zach/GPO Haim Zach/GPO

Durante a operação “Alvorada” aproximadamente 1.100 foguetes foram lançados por terroristas da Faixa de Gaza contra Israel.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Jerusalém, 08/08/2022

 

Às 23:30h deste domingo (7), entrou em vigor o acordo de cessar-fogo que mediado pelo Egito, colocou um fim ao conflito entre a Jihad Islâmica Palestina e Israel.

Em nota o governo israelense agradeceu ao Presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil al-Sisi, pelos seus esforços de mediação e disse que qualquer violação do acordo de cessar-fogo seria respondida com vigor.

“Não permitiremos qualquer ameaça à vida dos cidadãos do Estado de Israel”, diz a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Apesar do alerta, Israel não respondeu a alguns poucos foguetes lançados por terrorista palestinos contra o país minutos depois da entrada em vigor do cessar-fogo. Talvez, por entender que uma retaliação tornaria inviável o fim da operação “Alvorada”.

Após dias de ameaças da Jihad Islâmica a Israel e diante de um risco eminente, as Forças de Defesa de Israel deflagraram a operação “Alvorada” na tarde de sexta-feira (5) eliminando na Faixa de Gaza o terrorista Taysir al-Jabar.

Comandante da Brigada Norte da Jihad Islâmica Palestina, Taysir al-Jabari foi morto em seu esconderijo através de um bombardeio cirúrgico da força aérea israelense. No sábado, seu comparsa e Comandante da Brigada Sul da Jihad Islâmica Palestina em Gaza, Khaled Mansour, também foi morto pelas forças de Israel.

Além de al-Jabari e Mansour, cerca de 30 outros terroristas foram mortos pelas forças israelenses. Outros, foram presos na região da Judéia e Samaria.

 


Alguns dos terroristas da Jihad Islâmica Palestina mortos por Israel. À esquerda, Taysir al-Jabari e à direita, Khaled Mansour.

 

 

De acordo com o Porta-voz das Forças de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês, durante a operação alvorada foram destruídos 170 alvos da Jihad Islâmica Palestina. Entre eles, postos de observação, centros de treinamento, depósitos de armamentos e instalações usadas para a fabricação de foguetes.

Também foram bombardeadas e eliminadas células terroristas que se preparavam para lançar ataques a Israel através de foguetes, morteiros, mísseis antitanque e até atiradores de elite.

Preparando-se para o pior, durante a operação “Alvorada” o Ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, chegou a autorizar a convocação de 25 mil militares da reserva. Este contingente não foi necessário e a convocação de reservistas acabou sendo apenas pontual.

 

Mais de 1000 foguetes lançados contra Israel

 

De acordo com as estimativas do IDF, aproximadamente 1.100 foguetes foram lançados pela Jihad Islâmica Palestina contra o território israelense. Além das comunidades na região fronteiriça, as cidades de Jerusalém, Tel Aviv, Bat Yam, Ramat Gan, Rishon LeTzion, Ashkelon e Sderot foram algumas das localidades ameaçadas pelos foguetes e onde soou o sistema de defesa antiaéreo israelense.

 

Sirene soa em Tel Aviv durante uma transmissão ao vivo de um canal de TV israelense.

 

Dos 1.100 foguetes lançados pelas Jihad Islâmica Palestina, 990 chegaram a diversas partes do território israelense e aproximadamente 200 falharam, caindo ainda na Faixa de Gaza. Estes, causaram destruição, mataram civis palestinos e ao menos 4 crianças na cidade de Jabalia, na Faixa de Gaza.

 

Foguete lançado pela Jihad Islâmica Palestina quase acerta jornalistas da rede libanesa Al-Mayadeen na Faixa de Gaza.

 

Entre os 990 foguetes que cruzaram a fronteira e penetraram no território israelense, mais de 380 foram interceptados pelo sistema de defesa antiaéreo “Domo de Ferro”. Segundo o IDF isto representa uma taxa de sucesso de 96%, pois o sistema é programado para ser acionado apenas quando os foguetes estão em uma rota que coloque em risco a população israelense. Aqueles que sua interceptação não é necessária, acabam atingindo áreas desabitadas ou caindo no mar por exemplo.

Mas apesar do êxito do “Domo de Ferro”, alguns pouco foguetes ainda caíram em Israel atingindo casas e rodovias nas cidades de Ashklon, Sderot, Bat Yam e na comunidade de Eshkol, no sul do país. Uma fábrica na região fronteiriça também foi atingida e pegou fogo.

 

Veículos destruídos por um foguete da Jihad Islâmica Palestina que atingiu a cidade de Ashkelon.

 

Casa em Sderot atingida por um foguete da Jihad Islâmica Palestina.

 

 

Apesar dos foguetes que terminaram atingido zonas habitadas em Israel ninguém ficou gravemente ferido. Isto, graças à rede de sirenes de emergência e abrigos antiaéreos israelenses.

Ao todo 47 pessoas foram hospitalizadas em Israel em razão dos ataques da Jihad Islâmica Palestina ao país. A maioria, devido a ferimentos e lesões ocorridas durante os momentos de pânico, na correria em busca de abrigo.

Em Ashkelon um palestino morador da cidade de Hebron, na Judéia e Samaria, ficou ferido após ser atingidos por estilhaços de um foguete. Ele foi atendido pelas equipes de emergência israelenses e encaminhado para o hospital Barzilai.

Nesta segunda-feira (8), após algumas horas de calmaria, Jerusalém revogou as restrições impostas a região sul do país há quase uma semana e os cidadãos israelenses puderam finalmente retomar a rotina. Estradas foram abertas, barricadas removidas, o sistema de trens voltou a operar normalmente e já não está em vigência a instrução de permanecer próximo a abrigos antiaéreos.